sexta-feira, 29 de abril de 2011

CONHECENDO LUTERO


        Em 1517, Um monge alemão, chamado Lutero, irou-se contra outro monge na Alemanha, que em desobediência ao Papa andava cobrando pelas indulgências. Daí sua tese nº 91. “Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do Papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido”. Veja que, o que o mercenário monge fazia, não era a opinião do Papa.  Na verdade, a cólera de Lutero, foi contra o ato deste dominicano mercenário, chamado Johann Tetzel, que já houvera sido condenado à prisão perpétua, por adultério, pelo Papa Leão X. Como prova disso, dizia Lutero em sua tese nº 50. “Deve-se ensinar aos cristãos que, se o Papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas”. Mas, os protestantes não ensinaram nada disso. Desonestamente ensinam até hoje que foi o Papa que vendia indulgência. Lutero não era contra as indulgências apostólicas, escreveu em sua tese 71: “Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.” E sim, contra a venda delas por inescrupulosos que faziam isso sem o conhecimento do Papa, coisa que os protestantes maliciosamente resolveram distorcer para diabolicamente tirar proveito. Até os slogans sujos do mercenário Tetzel, eles transferiram para a boca do Papa. Deus tenha misericórdia destes linguareiros. O próprio Lutero alertava contra esses blasfemadores que costumam diminuir o poder papal, em sua tese 77. “A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o Papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa”.  E continua na tese 78. “Dizemos contra isto que qualquer Papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc., como está escrito em I.Coríntios XII”. Como vemos, um mar de mentiras engoliu os protestantes de hoje.

O  arcebispo Albrecht, que antes deste episódio todo, houvera relaxado a prisão de Tetzel, foi responsabilizado por suas cobranças indevidas pelas indulgências. Lutero e Tetzel, durante longos meses, travaram uma violenta discussão pública. A fim de conciliar os dois adversários, o Papa enviou à Alemanha um representante, porém este, se não deu apoio a Lutero, pelo menos lançou graves censuras e rudes repreensões contra Tetzel, que foi para Leipzig onde morreu de desgosto. Nenhuma instituição séria admite que seus integrantes se digladiem na rua, por isso Lutero foi convidado também a se retratar ao Papa. Procurou primeiro não apresentar-se, e depois rebelar-se criando outra fé, insuflado por príncipes devassos, e ironicamente denominou sua nova “fé” de “reforma”. Como poderia ele “reformar” o que na verdade estava inventando? Estaria ele ignorando estas palavras de Jesus sobre a Igreja? “... As portas do inferno não prevalecerão contra ela”. (Mt 16,18)

Grande parte dos protestantes não sabem, mas, a revolta de Lutero, por causa de um homem (Tetzel), foi sinistramente estendida a toda Igreja, por incitação de príncipes interessados em apoderar-se do patrimônio da Igreja. Foram estes que patrocinaram os atos e as sandices de Lutero contra o Papa, a Igreja e Jesus Cristo, para poderem casar-se várias vezes e ampliarem seus domínios. Lutero os bem atendeu. 

Contra a Igreja, Lutero publicou um libelo difamatório com caricaturas de Cranach, cujo título é este: “Con­tra o papado romano, estabelecido pelo diabo”. É uma de suas obras mais violentas. E contraditoriamente em suas “95 teses”, via o Papa como o intercessor de Cristo na terra: (Vide Teses 6169707172737475767778798081838487899091). Esta é a prova de que passou a hostilizar a Igreja depois de ter sido expulso dela.

Contra Cristo disse:  “Cristo cometeu adultério pela primeira vez com a mu­lher da fonte, de que nos fala João. Não se murmurava em torno dele: "Que fez, então, com ela?" Depois com Mada­lena, depois com a mulher adúltera, que ele absolveu tão le­vianamente. Assim Jesus Cristo, tão piedoso, também teve de copular, antes de morrer.”Tischreden: ("Palestras à mesa"), número 1472, volume II, página 107. Da edição de Weimar em seis volumes, 1912-1921. (N.A.). Esse é o Lutero que escondem dos incautos.

Membro da Academia Francesa, falecido em 1947, o his­toriador protestante Funck-Brentano reproduziu esta hedion­da blasfêmia acima no capítulo XX da sua biografia de Lutero.

Os seguidores de Lutero cegam sem saber que este, não apenas atacava a Igreja, mas também seu fundador, Jesus Cristo, que disse à Igreja: “quem vos ouve, a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou”. (Lc 10,16).

     O revoltoso Lutero mostrou também, seu pensamento sobre Deus:

"Deus age sempre como um louco". (Franz Funck Brentano, Martin Lutero, p. 111).

"Certamente Deus é grande e poderoso, e bom e misericordioso, e tudo quanto se pode imaginar nesse sentido, mas é estúpido". (Lutero). (Propos de Tables - no. 963, ed. De Weimar, I , 487).

Estava declarada a rebelião de Lutero. Coisa que Deus nunca tolerouPorque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar (teimar) é como iniqüidade e idolatria”.(1 Sam 15,23). Foi inevitável a sua excomunhão, que ele tanto reivindicava à outros, por causa bem menor, em sua tese nº 71. “Seja excomungado e amaldiçoado  quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas” (Lutero).
Mas, Lutero não se contentava com as ofensas contra a Igreja fundada por Cristo. Mas, resolvera também ridicularizar o momento em que Cristo, tornou Pedro líder da sua Igreja, (Mt 16,18).Parodiava assim, o revoltoso ex-monge, vendo Cristo como o diabo: — “O diabo dizia ao papa São Pedro: "Tu te chamas pe­dra e, oh maravilha, tens cabelos crespos e um pensamento cres­po, eis o que é pior!"”

Lutero estava com o juízo perfeito, quando soltou esta lou­cura? Quais são as fontes de tais informações? Elas merecem crédito? Sim, pois tudo isto foi extraído dos Tischreden, das conversas do reformador, apanhadas pelos seus amigos. Esses Tischreden também são chamados de Table-talk, Propôs de table. Ditos de mesa, Palestras à mesa, Colloquía mensalia.

Pronto. Lutero se revelara inimigo completo da Igreja, de Cristo e do Pai. Quem o apoiaria para fundação da sua nova fé?

O DIABO PEDE A LUTERO PARA SUPRIMIR A MISSA DOS CATÓLICOS


         A dialética do demônio induziu Lutero a suprimir a missa dos católicos. Quem informa tal coisa é o próprio reformador:

"Nem é de maravilhar, porque a lógica do diabo era acom­panhada de voz tão espantosa, que me gelava o sangue nas veias. Compreendi então por que algumas pessoas amanhecem mor­tas: é porque o diabo pode assassinar e sufocar os homens, e sem atingir estes limites, enredá-los em tais dificuldades, que conseguem ocasionar a morte. Eu mesmo passei por isto mui­tas vezes."

Suprimir a missa, esta imolação mística e não sangrenta, a representação do sacrifício de Cristo no Gólgota (I Cor 5, 7-8)por causa da dialética do porco-sujo! Agora indaguemos se o diabo havia se tomado um mestre de Lutero, o seu douto professor de teo­logia infernal. Daí se conclui que o reformador não quis desa­gradá-lo. Ele ignorava, talvez, àqueles velhos conselhos das escrituras:  “O diabo é o pai da mentira.” (Jo 8,44). “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e beliar? (o diabo) (2Cor 6,14-15).
  

LUTERO E SUA BÍBLIA

           É uma inverdade que Lutero tenha traduzido pela primeira vez a Bíblia para o povo alemão, como alegam os protestantes, fato que na Alemanha, já existiam traduções católicas da Bíblia, desde 1466, três em baixo-alemão e quatorze em alto-alemão. Por exemplo, antes que Lutero fizesse sua tradução alemã, já havia dezessete traduções alemãs (todas antes de 1518) já impressas, doze destas no dialeto do baixo-alemão, para o povo. Só no ano de 1524, apareceu a bíblia protestante, ver­tida por Lutero, quando já eram 30 as traduções católicas na Alemanha. Isso acaba com a calúnia protestante de que a Igreja “proibia” o povo de ler a Bíblia. (Imperial Encyclopedia and Dictionary © 1904 Volume 4, Hanry G. Allen & Company), ( Holman Bible Dictionary © 1991).
Atormentado, dizia Lutero: “o demônio galopa em minha cabeça”. A válvula de escape dele, foi Rom 1,17 onde diz que o justo viverá por ou da fé. Mas note que está escrito “viverá por ou da fé” E NÃO “viverá SOMENTE pela fé”. Em sua Bíblia alemã ele acrescentou a palavra “allein” que significa “somente”. Como era atormentado e não conseguia se ver livre das tentações, ele apelou para essa fé e dizia que “quanto mais peco, mais creio”. Com relação ao “livre exame”, veja como ele fez confusão. LIVRE ARBÍTRIO NÃO É A MESMA COISA QUE LIVRE EXAME. Deus nos deu o livre arbítrio para que possamos tomar nossas próprias decisões: obedecer ou desobedecer o que é certo. Ele decidiu desobedecer a própria Bíblia em 2Pd 1,20 e criou a interpretação particular, vulgo “livre exame”. Esse versículo 2Pd 1,20, junto com 2Pd 3,16, condena e avisa sobre o grave problema de quem lê sem saber. Exemplo: Moisés não vendeu tábuas para o povo. E as cartas de Tiago e Paulo repudiam o “Somente a fé” de Lutero. (Tg 2,20)(Tg 2, 14-16), (Tg 2,21-22), (1 Cor 13,2), (1 Cor 13,13).                    
Lutero tomara conhecimento que a igreja alertara o povo sobre sua adulteração, e irou-se ainda mais:
”Se um papista lhe questionar sobre a palavra ‘somente’, diga-lhe isto: papistas e excrementos são a mesma coisa. Quem não aceitar a minha tradução, que se vá. O demônio agradecerá por esta censura sem minha permissão.” (Amic. Discussion, 1, 127,'The Facts About Luther,' O'Hare, TAN Books, 1987, p. 201)

O próprio Lutero admitiu tal sabotagem, com a adição também da palavra “somente” em Rm 3,28 na sua tradução para o alemão, aquilo serviu para enganar os incautos e criar astutamente uma nova “fé”. Hoje, discretamente eles retiraram isto das traduções para o inglês, espanhol e português, mas a doutrina de Lutero (só a fé     = sola fide) é a essência do protestantismo. A carta de Tiago que condena o (sola fide) foi assim tratada pelo dito “reformador”:

”A carta de Tiago é uma carta de palha, pois não contém nada de evangélico.”('Preface to the New Testament,' ed. Dillenberger, p. 19.)

Lutero também sabia que, Jesus no livro de Apocalipse, alerta que dará o seu galardão conforme a nossa obra (Ap 22,12) , e não pela fé que temos. E assim Lutero tratou este livro: 

”Para mim tal livro* não possui qualquer característica cristã. Que cada um julgue este livro; eu mesmo tenho aversão, e isto é o suficiente para rejeitá-lo.” (*Trata-se do livro de Apocalipse). (Sammtliche Werke, 63, pp. 169-170, 'The Facts About Luther,' O'Hare, TAN Books, 1987, p.203). 

Ninguém odiava mais os Mandamentos de Deus do que ele, e o protestante Bretano, registrou esta frase daquele que seria o fundador do protestantismo: "Todos os mandamentos devem ser abolidos. São mandamentos de Satanás" (Lutero Tischredden, -- Conversas à Mesa, apud F. F. Brentano).

LUTERO TENTOU TAMBÉM ADULTERAR A SANTA CEIA

          Isto ficou bem documentado. A explicação é dada pelo próprio Lutero, nessa confissão aos cristãos de Estrasburgo: "Confesso que o dr. Karlstadt ou qualquer outro me teria prestado um grande serviço, se, há cinco anos, tivesse provado que no Sacramento só havia pão e vinho. Naquela ocasião tive grandes vexames e lutei e torci por encontrar uma saída, pois vi que com isso podia dar o maior golpe contra o Papado. Também havia dois que eram mais hábeis que o dr. Karlstadt e que não martirizavam tanto as palavras segundo seu próprio parecer. Mas estou preso, não encontro saída. O texto é tão majestoso que com palavras não se deixa tirar da mente." (De Wette, II-576 e segs.; citado em Lúcio Navarro, A legítima interpretação da Bíblia, Campanha de instrução religiosa Brasil-Portugal, 1958, pág. 448). Lutero não admitia a transubstanciação pelas palavras do padre, como Cristo ensinou, mas era obrigado a admitir, pelo "texto majestoso", que Cristo estava realmente presente no altar, e que já não havia apenas pão e vinho no sacramento. Veja em sua frase acima, que ele fala de querer dar um “golpe contra o Papado”, mas teve o seu enviado Dr. Karlstadt, vencido por dois católicos num debate.

Mais tarde, o próprio contraditório Lutero levantou-se contra Zwinglio que havia em sua tradução adulterado as palavras de Jesus fazendo parecer que o pão é vinho "significavam" o corpo e sangue de Cristo, e disse Lutero que "'é' não pode ser traduzido por 'significa'”. (Uma Confissão a respeito da Ceia de Cristo - Von Abendmahl Christi, Bekenntnis WA 26, 261-509, LW 37. 151-372, PEC 287-296. -  SASSE, H. Isto é o meu Corpo, p. 107). Disso tratarei adiante.

Lutero REMOVE sete livros da bíblia

  Lutero entra em grande contradição, pois aceita a autoridade dos Judeus fariseus da Palestina, para o Antigo Testamento e não aceita a mesma autoridade para o Novo Testamento; e aceita a autoridade da Igreja Católica para o Novo Testamento e não aceita a mesma autoridade para o Antigo Testamento dos apóstolos. Daí então, removeu sete livros do VT, e inventaram a mentira de que a Igreja os teria “acrescentado” no Concílio de Trento, em 1546.
Vale salientar algo que os protestantes desconhecem: o Papa São Damaso definiu e canonizou quais e quantos eram os livros sagrados do VT e do NT, no ano 382 dC; O católico Gutemberg imprimiu a Bíblia entre 1450 e 1456, ela já continha os sete livros que Lutero rejeitou. Lutero só nasceria posteriormente, no ano de 1483, para em 1534 lançar sua bíblia com sete livros do VT removidos de suas posições, e mais tarde a mentira de que a Igreja os colocou no Concílio de Trento (1546). Para desmascara-lo, provando que a Bíblia fiel contém os livros removidos por Lutero, basta folear a bíblia de Gutemberg, (na Biblioteca Nacional tem uma), impressa quase um século antes do Concílio de Trento. Na verdade Lutero removeu estes livros porque estes batiam de frente contra a sua nova doutrina, que é contra a caridade e a esmola. Dubiamente, o próprio Lutero traduziu para o alemão todos os livros que removeu e os colocou no final de sua bíblia. Todos os outros “reformadores” protestantes também possuíam essas bíblias da forma que Lutero arranjou. Só séculos mais tarde os protestantes viriam a arrancar de vez os sete livros que Lutero pôs no final do livro.  Isso muito protestante desconhece.

LIDERANDO MULTIDÃO À CONDENAÇÃO ETERNA

         Em 25 de novembro de 1521 escreveu Lutero, aos agostinianos de Wittenberg:“Com tamanha dor e trabalho eu devo justificar a minha consciência de que eu sozinho devo acusar o Papa de anticristo e aos bispos de seus apóstolos. Quantas vezes meu coração não me abordou e me puniu com este forte argumento: ‘Isto é correto? Poderiam todos estarem errados e terem errado por todos os séculos? O que há de acontecer se tu errares e liderar uma multidão à condenação eterna?’ “ (De Wette, 2. 107, citado em O'Hare, p. 195).
Há de se pensar que aquela era a voz de Deus falando pelo “coração” daquela criatura atormentada pelo diabo. Já que o diabo jamais poderia ser contra um inferno cheio de seguidores de Lutero.

Outro “REFORMADOR” também adulterou a Bíblia.


        É fato. Zwínglio, companheiro de Lutero, também “reformou” a Bíblia para acomodar sua heresia contra a presença real de Cristo na eucaristia: onde os Evangelhos e São Paulo dizem "isto é o meu corpo", o heresiarca traduz por "istosignifica o meu corpo"! A respeito, comenta outro protestante: "Não é possível de modo algum excusar este crime de Zwínglio; a cousa é por demais manifesta;(...) ." (Conr. Schluesselburg, Theologia calvinista, Frankfurt, a M.1592,1. 2,f. 43b.) E ainda o mesmo autor: "Não o podeis negar nem ocultar porque andam pelas mãos de muitos os exemplares dedicados por Zwínglio a Francisco, rei de França, e impressos em Zurique no mês de março de 1525. Na aldeia de Munder, na Saxônia, no ano 60 eu vi na casa do reitor do colégio, Humberto, não sem grande maravilha e perturbação, exemplares da Bíblia alemã, impressas em Zurique, onde verifiquei que as palavras do Filho de Deus haviam sido adulteradas no sentido dos sonhos de Zwínglio. Em todos os quatro lugares (Mt., 26; Mc., 14; Lc., 22; I cor., 11) em que se referem as palavras da instituição do Filho de Deus, o texto achava-se assim falseado: Das bedeutet meinen Leib, das bedeutet meinen Blut, isto significa o meu corpo, isto significa o meu sangue." (Conr. Schluesselburg, op. cit. f. 44 a.) (citações em padre Leonel Franca, op. cit., pág. 211).

          Zwínglio agiu de má fé, mudou a Bíblia, e seguem-no milhares de protestantes tomando suco de uva com pão de padaria, ao invés de ázimo e vinho, achando que tem a palavra de Deus!! Os protestantes mais tarde noutras traduções restauraram as palavras originais, mas mantiveram até hoje o pensamento de Zwinglio, de que o pão e o vinho “significam” e não são o corpo e sangue de Cristo com o próprio Cristo diz em.(Mt 26; Mc 14; Lc 22; I cor 11).

CRIA-SE O PROTESTANTISMO
No dia 15 de março de 1529, reuniu-se a Segunda Dieta de Spira, a fim de discutir os problemas religiosos enfrentados pela nação alemã, já dividida em províncias católicas e lutera­nas. Foi nessa ocasião que os seguidores de Lutero adotaram, pela primeira vez, o nome de “protestantes”, pois a Igreja de Ro­ma queria restaurar a sua hierarquia e impedir a propaganda da doutrina do “reformador”. Lutero não estava satisfeito com os seus próprios adeptos:
"Os evangélicos [luteranos] se mostram sete vezes piores do que antes. Depois da pregação da nossa doutrina, os homens se entregaram ao roubo, à mentira, à impostura, à crápula, à embriaguez e a toda espécie de vícios. Expulsamos um demônio e vieram sete piores. Príncipes, senhores, nobres, bur­gueses e agricultores, perderam de todo o temor de Deus." (Tischreden).

As incoerências de Lutero se estenderam também à sua crença, e em carta destinada aos seus seguidores escreveu:
"Penso que no que diz respeito às imagens, símbolos e vestes litúrgicas, ... e coisas semelhantes, deixe-se à livre escolha. Quem não quiser essas coisas deixe-as de lado. Se bem que as histórias inspiradas na Bíblia ou em histórias edificantes, parecem-me serem muito úteis" (Carta, de 1528). Veja que sua doutrina não passava de um confuso “sei lá”.

Vários líderes protestantes, em 25 de junho de 1530, assi­nam o texto da Confissão de Augsburgo (Confessio Augusta). É o relatório oficial com os princípios do credo por eles profes­sado. Vinte e oito artigos, saídos da pena de Lutero e dos seus discípulos. Melanchthon dá ao texto a forma definitiva, no qual é negada a transubstanciação, (a transubistanciação é Bíblica 1 Cor 11,27-28); a autoridade do Papa (a autoridade do Papa é Bíblica. Nosso Senhor pergunta a Pedro, se este o ama mais que os outros apóstolos. E por que Pedro deveria amar mais a Cristo do que os outros? Apesar de Pedro possuir a mesma missão dos outros apóstolos, foi incumbido de um trabalho mais excelente, que era cuidar do rebanho de Jesus. Cuidar como? Governando a Igreja mantendo a unidade da fé (Ef 4,5; At 2,36) e da Igreja (At 11,5-17), condenando (At 8,14-24) ou confirmando doutrinas (At 2,14-21), excomungando (At 5,2-11), comandando (At 15,7), confirmando os outros bispos (Lc 22, 31-33; 1Pd 5,1). Pedro recebeu funções próprias do ato de "ligar" e "desligar" (Mt 16-19), que significa legislar sobre toda a Igreja. E Jesus confirma novamente o trabalho de Pedro quando diz a ele "Apascenta os meus cordeiros". Jesus aproveita a oportunidade e confia toda a Igreja a Pedro por mais duas vezes (Jo 21,16-18). Estas palavras foram ditas na presença de todos os apóstolos, porém dirigidas somente a Pedro.)Segundo especifica o documento protestante, a Igreja de­ve submeter-se às ordens do governo (A “igreja” deles, lógico. A de Cristo tem sua sede no Vaticano, país soberano); a Bíblia para eles, se torna a única fonte da fé (“A igreja é coluna e fundamento da verdade”, diz a Bíblia. 1Tim 3,15) , o idioma alemão substitui o latim nas cerimônias do culto, são extinguidos o celibato (O celibato é Bíblico: “O solteiro cuida das coisas do Senhor ... o casado cuida das coisas do mundo...” 1Cor 7,32-33), encerram a veneração a Vir­gem e aos santos. ( na Bíblia, a Virgem diz que será venerada por todas as gerações (Lc 1,48) e os santos hão de julgar o mundo (1 Cor 6,2)).
Os católicos asseveraram:
— “Esta confissão foi ditada a Lutero e aos seus seguido­res pelo chefe deles, o diabo!”

A dieta votou contra o documento. Portanto, se a assem­bleia serviu para unificar o protestantismo, em contrapartida ficava insolúvel a profunda cisão da cristandade e da Unidade do Mestre, que suplicava: “Sejam um...” (Jo 17,21-22), (Jo 10,16).
No texto da Confissão de Augsburgo está presente a demonofobia de Lutero, pois o diabo é citado nos artigos 3, 17, 19, 20, 26 e 28. Os seus biógrafos nunca salientam isto, porque não querem aborrecer os protestantes.

Além disso os protestantes deram uma prova de que não seguem o evangelho e sim o anticatolicismo cego, por simples ódio. Veja este exemplo: O cristianismo sempre batizou suas crianças desde o início, como concordam as duas Confissões de fé Protestantes:

1- <<CONFISSÃO DE FÉ DE AUGSBURGO 25 de junho de 1530  
ARTIGO 9, Do batismo: Do batismo se ensina que é necessário e que por ele se oferece graça; que também se devem batizar crianças, as quais, pelo batismo, são entregues a Deus e a ele se tornam agradáveis.  Por essa razão se rejeitam os anabatistas, os quais ensinam que o batismo infantil não é correto. >>  Obs.: Veja que o erro é dos anabatistas, e muita seita protestante adotou isso.

2- << CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTERno capítulo 28, artigos 3, 4 diz que:
IIINão é necessário imergir na água o candidato, mas o batismo é devidamente administrado por efusão ou aspersão. Ref. At. 2:41, e 10:46-47, e 16:33; I Cor. 10:2.
IV. Não só os que professam a sua fé em Cristo e obediência a Ele, mas os filhos de pais crentes (embora só um deles o seja) devem ser batizados. Ref. At. 9:18; Gen. 17:7, 9; Gal. 3:9, 14; Rom. 4:11-12; At. 2:38-39.>>


As seitas nunca levaram isso a sério, tanto não batizam as crianças como batizam adultos em piscinas. E ainda caluniam contra a Igreja, pregando ser ela que inventou essa prática de batizar criança. (quando na verdade, Santo Irineu, discípulo dos apóstolos, no ano 189, já convidava os bêbes ao batismo - Contra Heresias II,22,4). "A Igreja recebeu dos apóstolos a tradição de dar Batismo mesmo às crianças. (Orígenes, ano 248).

Isto prova que o protestantismo representa a conveniência humana, e nunca foi Instituição divina. Lutero e Calvino perseguiam violentamente os anabatistas que se recusavam a batizar crianças, como sempre o fizeram os apóstolos na Igreja Católica. O exemplo bíblico e inquestionável:
"Disse-lhes Pedro: 'Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados. E recebereis o dom do Espírito Santo. A promessa diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos que estão longe - a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar'." (Atos 2,38-39).
Outro exemplo clamoroso da incoerência protestante é a sua própria Confissão de Augsburgo que reconhece em Maria um papel especial, Maria é digna de suprema honra na maior medida" (art. 9). Quando são os católicos que falam em “honrar Maria”, isto vira sinônimo de “adoração”, em uma real mostra de má fé por parte dos “evangélicos”. Ignoram as Escrituras onde diz: "Glória, honra e paz para todo aquele que pratica o bem" (Rm 2,10)! Será que Maria e os demais santos não praticavam o bem???

EMBRIAGUEZ, A DOUTRINA DE LUTERO

Em 6 de novembro de 1530, numa carta enviada a Jerônimo Weller, homem cheio de problemas psicológicos, Lutero aconselha:
"Quando o diabo te afligir com estes pensamentos [idéias melancólicas], palestra com os amigos, bebe mais largamente, joga, brinca ou ocupa-te em alguma coisa. De vez em vez se deve beber com abundância, jogar, divertir-se, e mesmo co­meter algum pecado, por ódio e acinte ao diabo, para lhe não darmos a oportunidade de perturbar a consciência com ninha­rias... Quando o diabo te disser 'não bebas', responde-lhe: já que me proíbes, hei de beber, e em nome de Jesus Cristo, be­berei mais copiosamente..."
Após ter dado estes "sábios conselhos", o reformador acres­centou, baseado na sua própria experiência:
"Por que pensas que eu bebo assim com mais largueza, cavaqueio com mais liberdade e banqueteio-me com mais fre­quência, senão para atormentar e ridicularizar o demônio, que quer atormentar e ridicularizar a mim?... Todo o Decálogo [os Dez Mandamentos da Lei de Deus] deve sumir dos nossos olhos e da nossa alma, de nós, tão perseguidos e molestados pelo dia­bo."

Singularíssima, a tese do “reformador”! Para odiar o demô­nio, irritá-lo, é necessário "cometer algum pecado". Ora, se a lógica é esta, Deus ficaria alegre com as nossas faltas... Uma coisa tão absurda como praticar iniqüidade e depois ou­vir, por causa disso, um elogio de Deus. A idéia fixa pelo diabo não largava Lutero. E isto chamava a atenção até dos seguidores de Zwinglio, o “reformador” suíço, que escreveram um texto contra Lutero que dizia: “Mas como esse homem se deixa excessivamente levar pelos seus demônios! Como sua linguagem é suja e as suas palavras cheias com os diabos do inferno, ele agora declara que o diabo mora para sempre nos corpos dos zuinglianos... a sua língua é apenas uma língua mentirosa, movida ao bel-prazer de satã... já ouviram alguma vez um tal discurso, saído de um demônio em estado de furor? Ele escreveu todos os seus livros sob o impulso do diabo e sob a sua inspiração...” .

Do choque entre Lutero e Zwinglio irrompeu a cisão entre as seitas protestantes: uma passou a denominar-se “luterana” e a outra “reformada”.Mais tarde “reformaram” a de zwinglio e até agora os indoutos não pararam de correr atrás dos “reformadores” humanos que se adaptem a suas conveniências. Dizia o povo naquele tempo: “Sem dúvida o diabo deve estar muito satisfeito, pois a sua obra não ficou inacabada.”

     OS GENOCÍDIOS DE LUTERO


Lutero foi o responsável direto pela decapitação de seis “hereges” de Reinhardsbrünn. Foi responsável direto porque estimulou contra eles, uma repressão demasiado violenta num momento de fúria infernal.

Já no início, as posições de Lutero, levou-o a ser co-responsável pelo  extermínio de milhares de pessoas: Vendo Lutero, que outro protestante, Thomas Münzer crescia, pôs-se ao lado das autoridades e  descarregou como uma bomba, o seu escrito enfurecido... Um documento cheio de inclemência e de  ódio, só compreensível como uma arma de combate contra o diabo, que Lutero  via em Münzer e nos seus... Sufocaram a revolução dos camponeses com  crueldade que mesmo naqueles rudes tempos causou horror. O furor, as  torturas, as violências e as batalhas, pareciam que não teriam mais fim;  pelo menos 30.000 camponeses perderam a vida [VEIT, Valentim, História  Universal, Livraria Martins Editoras, SP, 1961, Tomo II, pp. 248-249].

Confessava o “reformador”: “Eu, Martinho Lutero, exterminei os camponeses revoltados, ordenei-lhes os suplícios, que o seu sangue recaia sobre mim, mas o faço subir até Deus, pois foi ele quem me mandou falar e agir como agi e falei”.
Centenas de rebeldes, segundo Goethe, foram torturados, empalados, esquartejados e queimados vivos. A Alemanha, disse o autor de Hermann e Dorotéia, parecia um açougue onde a carne humana tinha preço vil. (citado no livro “Lutero e a Igreja do Pecado”, Fernando Jorge, editora Mercúrio, 1992, pág. 138)

       Dia 6 de maio de 1527, quando saquearam Roma, cerca de quarenta mil homens espalharam na Cidade Eterna o terror, a violência e a morte. Eram seis mil espanhóis, quatorze mil italianos e vinte mil alemães. Quase todos luteranos, esses últimos, indivíduos perversos, gananciosos, desprovidos de qualquer escrúpulo. Mataram, roubaram, estupraram, esfolaram, torturaram, esmagaram crianças contra as paredes e praticaram toda sorte de atrocidade aos gritos de:“VIVA LUTERO, O NOSSO PAPA!!!” Conforme disse Maurice Andrieux, esse ataque a Roma "superou em atrocidade todas as tragédias da História", até mesmo a destruição de Jerusalém e a tomada de Constantinopla. Os cadáveres ficaram por toda a cidade e o rio Tibre coberto de corpos apodrecendo. Citamos aqui, as palavras do “reformador”, dirigidas aos príncipes da Alemanha:“Esmagai! Degolai! Trespassai de todo modo! Matar um revoltoso é abater um cão danado.” Um conselho adotado quando os lansquenetes luteranos se desembestaram pelas ruas de Roma. (Roma, Maurice Andrieux, 150)

O EVANGELHO DE LUTERO
Seja um pecador



”Se és um pregador da graça, então pregue uma graça verdadeira, e não uma falsa; se a graça existe, então deves cometer um pecado real, não fictício. Deus não salva falsos pecadores. Seja um pecador e peque fortemente, mas creia e se alegre em Cristo mais fortemente ainda...Se estamos aqui (neste mundo) devemos pecar...Pecado algum nos separará do Cordeiro, mesmo praticando fornicação e assassinatos milhares de vezes ao dia.” 

(American Edition, Luther's Works, vol. 48, pp. 281-82, editado por H. Lehmann, Fortress, 1963. 'The Wittenberg Project;' 'The Wartburg Segment', translated by Erika Flores, de Dr. Martin Luther's Saemmtliche Schriften, Carta a Melanchthon, 1 de agosto de 1521. ) 



Lutero está claramente dizendo que os nossos pecados, mesmo o pecado mais intenso imaginável, não importa. Diz que podemos cometer os pecados de forma convicta, que mesmo assim não nos separaremos de Deus. Imagine um católico dizendo tal coisa a um protestante, em um debate sobre o pecado, qual seria a resposta do protestante? (não responda, caro leitor, apenas abra sua Bíblia e leia o que ela diz sobre o pecado – Mt 25,32; Mt 13,30; Mt 3,10; Hb 10,26-29).


Continuava Lutero com o seu evangelho: ”Estas almas piedosas que fazem o bem para chegar ao céu não somente não o alcançarão, como serão arranjados entre os ímpios; e importa mais em impedi-los de fazerem boas obras que pecados.” (Wittenberg, VI, 160, citado por O'Hare, in ‘The Facts About Luther’, TAN Books, 1987, p. 122)

Sim, é isso que você leu. Deve-se evitar praticar boas obras, não pecados. Acaso foi isso que Jesus ensinou? Pense em Cristo exortando a pecadora, em vias de ser apedrejada, e, ao segurá-la pela mão, dizer: “vá, e não pratique mais boas obras”. Na verdade, o que Lutero quer dizer é “não se preocupe com os pecados, Jesus os encobrirá. Preocupe-se com suas boas obras, isto lhe condenará”. As Escrituras dizem que seremos julgados pela forma como vivemos a nossa fé. Paulo diz claramente, em Rm 2,5-11, que o justo julgamento de Deus será de acordo com nossas ações. De acordo com 2Cor 5,10, receberemos a recompensa de Deus de acordo com nossos atos, bons ou ruins. Segundo Lutero, seremos recompensados por não fazer boas obras, enquanto que nossos pecados não influirão no julgamento de Deus. 

Você pode perguntar: mas não são os protestantes que acreditam “somente na Bíblia”? Bem, responderíamos, somente quando lhes convém...

Cruciado ou não por sofrimentos morais, Lutero revelou numa carta escrita em Wartburg, no dia 14 de maio de 1541:
"Ego otiosus hic et crapulosas sedeo tota die."
("Aqui passo todo o dia no ócio e na embriaguez.")

     A FÚRIA DE LUTERO CONTRA OS JUDEUS

        Atacado por um "diabólico ódio racial", Lutero antes de sua morte, lançou o panfleto “Contra os judeus e as suas mentiras.” Eis algumas frases desta obra, reproduzidas na História do anti-semitismo, de Leon Poliakov:

 "Ninguém os quer... Foram expulsos da França... há pouco tempo da Espanha, o seu poleiro preferido, e neste mesmo ano da Boêmia, onde em Praga tinham outro ninho predileto. Finalmente, no meu tempo, foram expulsos de Ratisbona, Magdeburgo e de muitos outros lugares... Um judeu, um coração judaico, são tão duros como a madeira, a pedra, o ferro, como o próprio diabo. Em suma, são filhos do demônio, condenados às chamas do Inferno". ”Os judeus são pequenos demônios destinados ao inferno.” ('Luther's Works,' Pelikan, Vol. XX, pp. 2230).


”Queime suas sinagogas. Negue a eles o que disse anteriormente. Force-os a trabalhar e trate-os com toda sorte de severidade...são inúteis, devemos tratá-los como cachorros loucos, para não sermos parceiros em suas blasfêmias e vícios, e para que não recebamos a ira de Deus sobre nós. Eu estou fazendo a minha parte.” ('About the Jews and Their Lies,' citado em O'Hare, in 'The Facts About Luther, TAN Books, 1987, p. 290).


  Este ódio espumejante, deve ter influído no feroz anti-semitismo do compositor Richard Wagner e, conseqüentemente, quatro séculos após a morte de Lutero, no espírito desvairado de Adolf Hitler, que como se sabe era um fanático admirador das teorias racistas daquele músico genial. Aliás, na época do III Reich, os nazistas adotaram todas aquelas medidas preconizadas pelo “reformador”.
Ainda em vida, Lutero viu o protestantismo violentamente se esfacelar diante do seu “livre exame” da Bíblia, e mergulhado em completo arrependimento assacou as chorosas palavras abaixo:
"Este não quer o batismo, aquele nega os sacramentos; há quem admita outro mundo entre este e o juízo final, quem ensina que Cristo não é Deus; uns dizem isto, outros aquilo, em breve serão tantas as seitas e tantas as religiões quantas são as cabeças". ( Luthers M. In. Weimar, XVIII, 547 ; De Wett III, 6l ).

A MORTE EMBRIAGADA DE LUTERO
  
         O reformador faleceu na cidade de Eisleben, no dia 18 de fevereiro de 1546, sem a presença da espo­sa, pois esta se achava em Wittenberg. Um autor declarou que o encontraram no chão, "com o ventre intumescido pelo demasiado comer e beber". Segundo essa fonte, Lutero tivera no dia anterior uma farta mesa, abar­rotada de vinhos estrangeiros. 
Após o desaparecimento do fundador do protestantismo, diversas lendas começaram a surgir, baseadas na sua vida. Lu­tero, afirma uma dessas histórias, era filho de um incubo, de um demônio noturno, com uma feiticeira. E um dicionário de ciências ocultas, publicado em Paris no ano de 1846, informa que os seus inimigos diziam que ele havia sido estrangulado pelo diabo e que o seu túmulo, aberto um dia depois do enterro, além de exalar um insuportável cheiro de enxofre, não lhe guar­dava o corpo. Outros relatos esclarecem: demônios sob a for­ma de corvos assistiram aos seus funerais e o transportaram até às profundezas do Inferno. Fato estranhamente confirmado pelo próprio cria­do de Lutero... ( Paulus, Luthers lebensende und der eislebener apotheker lohann Landau. Mogúncia, 1896, p. 5. (N.A.)).

Lutero morreu arrependido pela sua aventura encorajada pelo diabo. Sua frase abaixo condena seus próprios atos, quando promoveu a divisão da fé, e o livre exame das escrituras por indoutos. Pouco antes de sua morte, escreveu ao cúmplice e desafeto Zwinglio:   

"Se o mundo durar mais tempo, será necessário receber de novo os decretos dos concílios (católicos) a fim de conservar a unidade da fé contra as diversas interpretações da Escritura que por aí correm". (Carta de Lutero à Zwinglio In Bougard, Le Christianisme et les temps presents, tomo IV (7), p. 289).

O próprio Lutero disse: "foi um efeito do poder de Deus que o papado preservou, em primeiro lugar, o santo batismo; em segundo, o texto dos Santos Evangelhos, que era costume ler no púlpito na língua vernácula de cada nação..."  (De Missa privata, ed by Jensen, VI, Pg 92). Isto prova que antes de Lutero já havia tradução da bíblia em cada nação.

     A LENDA DA EXPOSIÇÃO DAS 95 TESES

        Assegurou Gottfried Fitzer, no livro Was Luther wirklich sagte: nunca houve a propalada exposição pública das “noventa e cinco teses” de Lutero. É uma coisa também confirmada por dois historiadores, Erwin Iserloh e KIemens Houselmann. Do relato de Johannes Schneider, um criado de Lutero, é que se extraiu de maneira errada e fantasiosa, a notícia da afixação das teses. Não encontramos, em seu manuscrito, nenhuma referência a este fato. Escreveu apenas:"No ano de 1517, Lutero apresentou em Wittenberg, sobre o EIba, segundo a antiga tradição da universidade, certas sentenças para discussão, porém modestamente e sem haver desejado insultar ou ofender alguém" . Foi tudo uma farsa que engana os protestantes até hoje. Sabe-se que esta lenda foi inventada mais tarde, após a morte de Lutero, pelo alemãoMelanchthon, em 1546. Provou-se que ele, Melanchthon, em 1517, estava na cidade de Tünbigen, e não em Wittenberg.       Sábio conselho é o das Escrituras: “O diabo é o pai da mentira.” (Jo 8,44).

         Observa o professor Alexander Martins Vianna, do Departamento de História da FEUDUC-RJ: "Se a ação de Lutero de lançar suas teses não tinha nada de excepcional, por que posteriormente isso foi lembrado em muitos livros didáticos de “história” com conotações de heroicidade ou excepcionalidade? Em primeiro lugar, porque os desdobramentos não necessariamente luteranos de uma “fé reformada” ganhou avultado corpo e agentes sociais. Sem isso, não há quem celebre ou crie memória social em torno de determinado evento. Em segundo lugar, várias idéias de outros escritos de Lutero foram utilizadas por políticos e intelectuais da segunda metade do século XIX para, muito antes de Max Weber, promover o capitalismo não encorajado pela fé cristã. Foi ao final do século XVII, contexto da expansão militar de Luís XIV (que revogou o Édito de Nantes em 1685), que se começou a celebrar nos meios “protestantes” o dia de lançamento das teses de Lutero, como um “marco de ruptura” com Roma." 

Essa quimera engana os protestantes até hoje. A grande maioria e muitos que já morreram, nunca leram as Teses de Lutero, preferindo acreditar numa lenda paralela que justificaria até um blasfemador fundar uma nova religião.

Bibliografia:
      Propôs de Table, dos discípulos de Lutero.

O valor dessa obra, como elemento de análise da persona­lidade de Lutero, foi salientado numa frase incisiva, na pági­na 810 do volume V do Larousse du XX" siècle: "Nenhum livro é mais próprio para fornecer uma idéia tão completa do que era Lutero na intimidade."
Isto explica por que Michelet, um dos maiores historiado­res da França, socorrendo-se do Propôs de table, escreveu as Memoires de Luther, publicadas em dois volumes no ano de 1837.

Autor: Fernando Nascimento.    Para livre difusão e reprodução.