Por Felipe da Cruz
Referência:
LESCURE, A. M. Pró e Contra. Cruzada da boa imprensa LTDA. Rio de Janeiro, 1940.
Lendária papisa Joana, citada por muitos inimigos da Igreja |
Por Felipe da Cruz
Como prometemos segue abaixo mais um interessante texto do autor A. M. Lescure. Trata-se de mais uma boa argumentação para respondermos a certos professores que, ofensores da Igreja Católica, apresentam como fatos históricos algumas infundadas lendas do passado. Pedimos a Nossa Senhora Aparecida que interceda por tantos alunos de nossas escolas brasileiras enganados pela ignorância de alguns de seus professores anticlericais.
Houve mesmo a papisa Joana?
“Quem está em dia com a crítica histórica moderna não se ocupa com essa velha lenda, esquecida na imaginação popular.
Pedro Bayle (1647-1706) |
O livre pensador Pedro Bayle, em seu dicionário histórico publicado no fim do século XVII, declara que, desde 1554, João Thurmayer colocava a história da papisa Joana no rol das fábulas ridículas.
Se forem consultados os documentos da época e os dois séculos seguintes, ver-se-á que não há referência a esse acontecimento, que teria causado sensação na época em que tivesse existido.
Os primeiros cronistas quem deles fazem menção, no fim do século XIII, não estão de acordo sobre o nome e a nacionalidade da curiosa e lendária personagem.
De mais, afirmam que reinou pouco mais de dois anos, não se sabe em que data, ao certo, se entre 855 e 915, segundo uns, se entre 1087 e 1100, como pretendem outros.
Ora, nestas datas, não há interrupção de dois anos na lista dos papas que governavam a Igreja.
Não passa de uma lenda muito ridícula a história da papisa Joana. Um crítico moderno diz ironicamente que uma pessoa séria que apresentasse contra a Igreja a objeção da papisa Joana, para diminuir-lhe a força e o mérito de sua divina missão, merecia que se lhe impusesse na cabeça uma grande máscara com duas orelhas de burro, que significassem os seus minguados conhecimentos de história e o valor de sua dialética...”
LESCURE, A. M. Pró e Contra. Cruzada da boa imprensa LTDA. Rio de Janeiro, 1940.