terça-feira, 6 de outubro de 2015

CONSTANTINO NÃO FUNDOU A IGREJA CATÓLICA


Constantino

Por Theodore Shoebat


Dentre as mais importantes figuras da 
história cristã, sobressai a de Constantino 
sendo ele o mais mal interpretado e caluniado. 
Seus detratores responsabilizam-no por ter ele 
fundado a Igreja Católica e por ela misturar o 
cristianismo com o paganismo. Este artigo 
destrói esse mito anticatólico.










Esta proposição tem sido usada desonestamente com a finalidade de enganar inúmeros cristãos trazendo-lhes informações distorcidas, principalmente aos rebelados evangélicos. Originou-se, pela primeira vez, através de escritores anti-cristãos, dentre o quais Franz Cumont.

O que muitos não sabem é que Cumont introduziu esta teoria de uma perspectiva anti-cristã. Ele escreveu que o cristianismo tomou de seus oponentes suas próprias armas, e as usou; alegava que os melhores elementos do paganismo foram transferidos para a nova religião. [1]

Dito isto, já temos a certeza de que as acusações pelas quais tentam "provar" que Constantino de dentro de sua "própria igreja" misturou-a com o paganismo, foram produzidas originalmente por inimigos da Fé. Tudo não passa de fatos baseados em falsidades anti-históricas.

Franz Cumont
Para refutar a ideia de que Constantino INVENTOU UMA NOVA IGREJA e para mostrar que a Igreja NÃO SE ALTEROU ou foi SUPLANTADA POR CONSTANTINO, quase sempre uso documentos de fonte primária, como Eusébio, Tertuliano, Santo Ambrósio, Santo Irineu, Firmico, São Justino Mártir e Santo Agostinho.

Isto é importante porque mostra que, uma vez que temos de nos instruir, fazemo-lo a partir de fontes originais da Igreja, e não a partir de escritores anti-cristãos ou através de informações obtidas pela Internet. Nesses documentos antigos, o que encontramos não é Constantino a reprimir os cristãos para inserir heresias em seu meio, mas hereges sendo rejeitados tanto pelo Imperador quanto pelos próprios cristãos.

Uma das acusações mais frequentes é que Constantino fundou, ou, pelo menos, ajudou a estabelecer, uma igreja oficial do império, e, em seguida, começou a massacrar cristãos crentes na Bíblia que se recusaram a obedecê-lo, forçando-os a praticar a fé verdadeira em uma igreja "clandestina".

As provas que apresentam para "provar" esta fictícia perseguição aos "crentes verdadeiros" é um edital de Constantino, em que certas seitas são listadas como heréticas e proibidas de pregar ou de promoverem reuniões religiosas. Ele afirma:

"Entendei agora, por este presente diploma, ó Novacianos, Valentinianos, Marcionitas, Paulicianos, vós que sois chamados Catafrígios, e todos vós que concebeis heresias de apoio por meio de seus conjuntos privados, com o que formam um tecido destrutivo de falsidade e vaidade, erros peçonhentos. Suas doutrinas são inseparavelmente entrelaçadas, para que, através delas, as almas saudáveis sejam acometidas por doença, e se tornem presas de morte eterna. São aborrecedores e inimigos da verdade e da vida, em conluio com o príncipe da destruição! Seus conselhos, todos, são contra a verdade. Estão familiarizados com obras de extrema baixeza e ajustadas às loucuras fabulosas representadas sobre o palco. Portanto, advertimo-vos de que podeis ser privados de todos os lugares em que costumam realizar suas montagens, e nosso cuidado a este respeito se estende até mesmo a proibir a realização de suas reuniões supersticiosas e sem sentido, não somente em público mas, em qualquer casa particular ou qualquer outro lugar. Deixai que os que, dentre vós, portanto, que estão desejosos de abraçar a verdadeira e pura religião, sigam o que é bem melhor, isto é, a decisão de entrar na Igreja Católica, e unir-se a ela em santa comunhão, quando, então, qualquer um de vós, tereis a possibilidade de chegar ao conhecimento da verdade". [2]

Sei que essas palavras contundentes, excessivamente zelosas pode definir falsos alarmes em suas cabeças. Pensam: "Esses pobres fiéis estão proibidos de pregar suas teologias, e não só isso, eles estão sendo coagidos a aderir à Igreja Católica, que, como muitos acreditam, é a prostituta da Babilônia".

Vou descrever cada uma das seitas listadas no edital, e o que vamos perceber é que essas seitas eram e ainda são completamente estranhas a qualquer denominação cristã (protestante ou católica). Na verdade, elas mais se assemelham a grupos heréticos da atualidade, como os Mórmons, as Testemunhas de Jeová, muçulmanos e outros cultos que nós julgamos falsos e perigosos.

Os cinco grupos religiosos condenados por Constantino não podem ser considerados cristãos primitivos, pela simples razão de que todos eles romperam com a Igreja Católica muitos anos antes de Constantino tornar-se imperador. Também eles nunca existiram antes da Igreja Católica.

São João
1. Os Valentinianos - Estas heresias foram fundadas por um certo Valentin, e suas doutrinas eram flagrantemente heréticas. Negavam que Cristo veio em carne, [3] (Santo Ambrósio, "Da fé cristã" 2,5) coincidindo diretamente com a heresia condenada por São João quando escreveu:

"Muitos enganadores têm saído pelo mundo afora, os quais não proclamam Jesus Cristo que se encarnou. Quem assim proclama é o sedutor e o Anticristo." (2 João 1,7)

Eles acreditavam que o Pai era macho e fêmea, e que ele estava impregnado por um tipo de deusa chamada Silêncio, e, através desta relação sexual, ela deu à luz um "aeon" chamado Unigênito, que, em seguida, emitiu outro "aeons", a saber: Cristo e o Espírito Santo. [4]

O mormonismo é uma reminiscência dessa seita bizarra, e ensina que o Pai fez sexo literal com a Virgem Maria, a fim de gerar Cristo. Por exemplo, o líder mórmon Orson Pratt, disse uma vez:

"Mas Deus, por ter criado todos os homens e mulheres... Ele tinha o direito legal a ofuscar a virgem Maria na capacidade de um marido"

Herege mórmon Orson Pratt
Os Valentinianos eram tão blasfemos que eles acreditavam que Cristo mantinha um relacionamento conjugal com o Espírito Santo. [5]. Foram condenados por São Policarpo.

É verdade que Policarpo era católico e perseguiu hereges, e não só isso, ele era um discípulo de São João apóstolo e narra de si mesmo, um fato que não pode ser esquecido. Irineu, discípulo de São Policarpo, escreveu sobre a relação deste mártir com o santos apóstolos:

"Policarpo, um homem que tinha sido instruído pelos apóstolos, teve intercurso familiar com muitos que tinham visto Cristo. Também tinha sido nomeado bispo pelos apóstolos na Ásia, na igreja de Esmirna.

Sempre ensinou o que tinha aprendido com os apóstolos, e que era o que a Igreja sempre ensinara, e que é esta a única doutrina verdadeira".
 [6]

São Policarpo 
Irineu escreveu ainda sobre Policarpo em seu Adversus Haereses"Um homem que era de estatura muito maior e uma testemunha mais firme da verdade do que Valentin, Marcião e o resto dos heréticos [gnósticos]."
Como poderiam os Valentinianos ser "verdadeiros cristãos", se eles ensinavam doutrina falsa (diferente da Igreja), sendo condenados por um homem que tinha sido nomeado diretamente pelos próprios Apóstolos? Ou aos Apóstolos faltava discernimento na escolha de um bispo, ou Policarpo era ortodoxo e os Valentinianos eram de fato, hereges.

Isto mostra ainda mais o estupro histórico que muitos cristãos modernos têm feito na história da Igreja, quando condena Constantino como um "repressor dos cristãos", quando ele, na verdade, estava se esforçando para proteger a Igreja contra esses mesmos lobos.

2. Os Marcionitas - Estes hereges, que são rejeitados por católicos e protestantes estudiosos, foram fundados por um tal de Marcião, natural de Ponto, que ensinou que havia um deus maior do que o Deus do Antigo Testamento, e que, como o Islã ensina, que Deus não é o Pai de Cristo. [7]

Marcião
Eles afirmaram que o Deus do Antigo Testamento era mau e corrupto, enquanto o deus inventado por Marcião, era bom. [8] Uma de suas outras crenças foi que Cristo não chegou a cumprir a lei, mas aboliu-a como obra do mal e que os profetas eram todos escritores sinistros e não de Deus. [9]

Os Marcionitas foram também condenados por Policarpo, o discípulo de São João apóstolo. Quando Marcião disse a Policarpo: "Reconheça-nos," o santo Policarpo respondeu: "Eu o reconheço como o primogênito de Satanás". [10]

3. Os Novacianos - Estas foram fundadas por Novato, um bispo de Roma, mais de meio século antes da conversão de Constantino em 312 dC, e de seu império em 306 AD.

Os Novacianos tinham um culto controlador e legalista, cujo principal dogma foi que Cristo não poderia perdoar os cristãos que, sob pena de morte, reconheceram os deuses do Estado romano. Esta crença foi rejeitada e condenada pela Igreja Católica no terceiro século, e, provavelmente deveria também ser condenada por qualquer igreja protestante ou evangélica de nossos tempos. [11]

De fato, Novato foi condenado por um papa, o papa Cornélio (reinou de 251 a 253 sendo martirizado por Treboniano - de 251 a 253), o que refuta a acusação comum de que Constantino foi o primeiro papa e fundador da Igreja Católica. Isto confirma que o cargo de pontificado existia antes do primeiro imperador cristão. Dois outros papas também condenaram estas crença, o quais também reinaram na Igreja antes de Constantino: Caio e Marcelino, ambos martirizados pelos pagãos.

Papa Cornelius
Novato não era apenas um cismático, mas teve que ser tratado por exorcistas por conta de possessão demoníaca que durou algum tempo. Pode um homem do Caminho de Cristo ser ultrapassado por demônios, como Maomé e Joseph Smith foram?

Ele era um louco violento, que roubou dinheiro da Igreja, levando até mesmo fundos de caridade de órfãos e viúvas, permitiu que seu pai morresse de fome e não se importou até mesmo de enterrá-lo. Ele matou seu próprio filho ao chutar sua esposa grávida na barriga. São Cipriano descreveu seu comportamento vicioso e do mal assim:

"Órfãos despojados por ele, viúvas defraudadas, além disso, dinheiros da Igreja retidos, exato dele tais sanções infligidas que vemos em sua loucura. Seu pai também morreu de fome na rua, e depois, mesmo na morte não foi enterrado por ele. O ventre de sua esposa foi ferido por um golpe de calcanhar; (...) o bebê foi abortado, fruto do assassinato de um pai. E agora ele se atreve a condenar as mãos daqueles que sacrificam, quando ele próprio é mais culpado em seus pés, pelo qual o filho, que estava prestes a nascer, foi morto?" [12]

São Cipriano
Enquanto ele se recusou a aceitar os cristãos "lapsos", ele próprio tinha pavor de perseguição, a tal ponto que quando lhe pediram para ajudar os cristãos oprimidos pelo imperador Décio, ele aprisionou-se no medo e até mesmo negava que ele era um presbítero, afirmando que ele foi "um admirador de uma filosofia diferente." [13]

Quando ele deu o pão da comunhão aos seus seguidores, ele não os abençoou, mas obrigou-os a prometer que não iriam traí-lo, dizendo-lhes: "Juram-me, pelo corpo e o sangue de nosso Salvador, Jesus Cristo, para que nunca vão me abandonar, não se voltem para  Cornélio [o Papa] "Em vez de o comungante dizer: "Amém" ao aceitar o pão, eram obrigados a declarar:"... Eu não vou mais voltar para Cornelius "[14]

P
oderia imaginar a Sagrada Comunhão sendo assim feita em sua igreja? Não era para recordar Cristo, mas para competir com a Igreja Católica e ganhar poder sobre ele. Novamente, isso foi antes de Constantino, e foi um culto que se separou da Igreja, e que não existia antes. Não tinha sucessão apostólica, mas era apenas um cisma que abusou e forçou seus seguidores para ser fiel a Novato.

Eles quebraram o preceito ensinado por São Paulo ...

"... que não haja dissensões no corpo e que os membros tenham o mesmo cuidado uns com uns dos outros. (I Coríntios 12,25)

Dito isto, eu devo dizer, por uma questão de verdade, que enquanto Novatus era mau, muitos de seus seguidores seriam cristãos devotos e santos, para sustentar os pilares ortodoxos do Cristianismo, e que, apesar do decreto de Constantino, eles tiveram muitas igrejas construídas em seu império. ( apenas vinham sendo enganados por Novatus)


4. Os Paulicianos - Seu nome, como alguns podem pensar, não vem  de São Paulo, mas de um enganador chamado Paulo de Samósata que, como Maomé, ensinou que Cristo não era o Filho de Deus, [15] e que Ele não era divino, mas um simples homem. [16]

Constantino reprimiu esta seita, mas antes, eles eram hereges tendo rompido com a Igreja Católica. Nunca existiram antes desta.

5. Os Catafrígios - Estes são mais comumente conhecido como Montanistas, a partir de seu fundador frígio  no segundo século. Montanus, fundou seu culto da mesma forma como Joseph Smith fundou a SUDS, ou como MAOMÉ fundou Islam: através de uma visão demoníaca.

Dizia-se que ele foi levado por um espírito maligno, que o obrigou a ir em um frenesi violento em que ele pronunciou todos os tipos de blasfêmias. Atraiu duas mulheres para se juntar a seu movimento, que também entravam em estados histéricos e extáticos. Eram como "sufis" muçulmanos. Fundaram um culto de carismáticos selvagens que romperam com a Igreja e acreditavam que eles eram os verdadeiros profetas que profetizavam em nome de Deus. [17]

Como os Mórmons e os muçulmanos, substituíram Jerusalém como Salt Lake e Meca, os Montanistas declararam que as duas cidades frígias, Pepuza e Tymium, seriam Jerusalém. (Euseb. Eccles. Hist. 5,18)  [18] 

Isto resume as cinco heresias que o Édito de Constantino suprimiu. Eles não eram cristãos e, portanto, as alegações de que Constantino perseguiu a igreja original, fundando a Igreja Católica e foi o seu primeiro Papa, são falsas.

Aqueles que usam essas heresias mostradas acima, como "exemplos para a igreja original", são agora obrigados a aceitar esses cultos ou admitir que a Igreja estabelecida na época de Constantino era a mesma de antes de Constantino e que não havia nenhuma igreja paralela.

Além disso, o fato de ter Constantino reprimido esses grupos mostra que ele tinha um conhecimento sobre as Escrituras, e possuía suficiente discernimento para perceber que eles eram perigosos para a fé.

A IGREJA CATÓLICA ADOTOU O MITRAÍSMO? NÃO!

Mitra à esquerda
A afirmação de que Constantino introduziu o mitraísmo, ou um antigo culto persa, e paganismo romano na Igreja, é inteiramente falso.

O Mitraísmo envolve a adoração de um touro lutador chamado Mitra e não tinha nada a ver com o cristianismo. Na verdade, o culto foi repetidamente condenado por autoridades cristãs antes e depois da época de Constantino, porque a Igreja nunca mudou sua posição em relação à religião falsa.

Por exemplo, o escritor cristão Firmicus, que viveu durante e depois da época de Constantino, fortemente tem denunciado o mitraísmo como tal:

"O macho se rende ao culto como um ladrão de gado, e seu culto se relacionam com a potência de fogo, como seu profeta proferiu a sabedoria para nós, dizendo: (...) 'Eles chamam-lhe Mitra, e seu culto eles carregam em cavernas escondidas, de modo que eles podem ser para sempre mergulhado na miséria sombria das trevas e, assim, evitar a graça da luz resplandecente e o sereno.' A verdadeira consagração de uma divindade! Invenções repulsivas de um código bárbaro!" [19]

Firmicus
Firmicus não ia contra a Igreja quando escreveu isso. Ele nunca a anatematizou como herege dissidente. Firmicus estava simplesmente concordando com o ensinamento da Igreja sobre o mitraísmo, séculos antes de Constantino tornar-se imperador. A igreja sempre esteve em luta contra o mitraísmo.

Outra alegação frequente por escritores anti-cristãos (e, infelizmente, os cristãos que acreditam em suas mentiras) é que a ideia da Sagrada Comunhão tenha se originado no mitraísmo (os Mitraístas que se utilizavam do pão e água em seus rituais, que é radicalmente diferente ao cristianismo e é o que os Mórmons realmente fazem) e, que de acordo com tais acusações, a Igreja Católica tomou este ritual para sua comunhão.

Justino Mártir, escrevendo em entre 151 e 155 dC [20] (cerca de 277 anos antes da conversão de Constantino), não só criticou e condenou o mitraísmo, mas concluiu que o seu pão e água ritual era um plágio demoníaco da Sagrada Comunhão:

"Para nós não recebemos essas coisas como o pão comum, nem bebida comum; mas, da mesma maneira como Jesus Cristo, nosso Salvador se encarnou pelo Logos de Deus se fez carne e sangue para a nossa salvação, assim também nós fomos ensinados que a comida feito EUCARISTIA através da palavra de oração que é d'Ele, a partir do qual o nosso sangue e carne são nutridos por transformação, é a carne e o sangue de Jesus que que se encarnou. Para os Apóstolos nas memórias compostas por eles, que são chamados evangelhos, portanto, proferida que foi-lhes: que Jesus tomou o pão e, tendo dado graças, disse: "Fazei isto em minha memória, este é o meu corpo"; e do mesmo modo Ele tomou o cálice e, tendo dado graças, disse: "Este é o meu sangue" 'e deu a eles. Que também os demônios perversos imitaram nos mistérios de Mitra (...) o pão e um copo de água são colocados com certas palavras ditas sobre eles nos ritos secretos de iniciação, ou você sabe ou pode saber." [21]

S. Justino Mártir
O fato de que a Sagrada Comunhão foi observada, e o mitraísmo foi condenado, antes e depois de Constantino, mostra uma tradição consistente sendo mantida e protegida, e não uma "nova igreja" que tinha sido criada após 312 AD.

CONSTANTINO INSERIU PAGANISMO NA IGREJA? NÃO!

Constantino odiava o paganismo e suas práticas violentas e homossexuais com tanta fúria que aprovou leis para reprimi-los, e para exterminar os sacerdotes pagãos do Egito. Eusébio, um dos nossos maiores escritores primários sobre Constantino, relata que:

"Em consonância com este zelo ele [Constantino] , mediante sucessivas leis e decretos emitidos, proibia a prática de se oferecer sacrifícios aos ídolos, consultar adivinhos, e se  erigirem imagens, ou de escandalizar as cidades com os combates sangrentos de gladiadores. E na medida em que os egípcios, especialmente os de Alexandria, acostumados a honrar o seu rio através de um sacerdócio composto de homens efeminados, foi aprovada um lei ordenando o extermínio destes como uma classe de gente corrupta e cruel, com que, a partir daí, ninguém mais poderia ser encontrado contaminando-se  com tais impurezas". [22]

Nós poderíamos razoavelmente comparar essas leis com aquelas de Moisés, que prescreveu a pena de morte para o paganismo e a homossexualidade. Estas leis foram definitivamente influenciada pelas leis bíblicas. De acordo com Eusébio, ele vivia a "dedicar-se à leitura dos escritos inspirados." [23]

Não só isso, mas Constantino construiu Constantinopla para ser uma cidade sem a mancha do paganismo e idolatria, sem a adoração de demônios e templos pagãos. Nas palavras de Santo Agostinho, que era para ser uma cidade "sem qualquer templo ou imagem dos demônios." [23A]
Santo Agostinho

CONSTANTINO PROIBIU A BÍBLIA? NÃO!

Uma acusação freqüente, é que Constantino proibiu que a Bíblia seja lida em particular. A verdade é que ele respeitava a Bíblia a tal ponto que ele ordenou que cinqüenta Bíblias fossem copiadas para as igrejas. Este foi um projeto muito trabalhoso, porque naqueles dias não havia máquinas de impressão ou internet, os livros tiveram que ser copiados à mão, o que era caro e demorado.

Para a maioria das pessoas que não podiam comprar uma Bíblia, Constantino foi caridoso o suficiente doou Bíblias para as igrejas, para que pudessem serem lidas ao povo por um membro da igreja.

Constantino emitiu esta ordem ao bispo Eusébio para que isso fosse feito, escrevendo:

"Eu considerei o expediente para instruir Vossa Prudência para pedir cinquenta cópias das Sagradas Escrituras, o fornecimento e o uso do que Tu sabes é mais do que necessário para a instrução da Igreja, a serem escritos em pergaminhos preparados de forma legíveis, e em uma forma portátil e convenente, por escritas (transcritores) profissionais, bem versáteis em sua arte." [24]

Eusébio
Depois que Constantino derrotou um dos maiores perseguidores da Igreja, o imperador pagão Maxentius, o senado romano ergueu um arco em honra da vitória, e ao contrário de antigos imperadores, não deu nenhum louvor a Júpiter, Apolo, ou Marte. [25 ]

Antes de 312 dC, o ano da conversão de Constantino, moedas romanas foram cunhadas com simbolismo pagão, mas depois de 312, as moedas já são vistas com imagens cristãs. [26] Todos esses indícios levam à conclusão de que houve de fato uma mudança significativa no império após a conversão de Constantino.

Houve uma influência pagã que permaneceu no império, mas não havia uma "nova Igreja estabelecida", que misturasse Cristianismo com crenças e rituais pagãos. A Igreja foi a mesma que era antes de Constantino; a única diferença, era que ela foi autorizada a continuar a existir sem o paganismo.

Por causa de Constantino, os grandes perseguidores da igreja, como Maxentius, Gallerius, e Licínio foram vencidos; o Cristianismo foi autorizado a prosperar. Por causa da libertação da Igreja por Constantino, o cristianismo se espalhou como o fez, e se tornou a fé dominante no mundo, mas é claro que isso não é o caso hoje.

A história tem sido deturpada e profanado a Igreja, na antiguidade, a Igreja era um farol de luz a destruir as forças do mal e as heresias. Hoje se esforçam para transformá-la num circo.

A Igreja está aqui para destruir as obras do diabo. Vamos fazê-lo à luz do que os primeiros cristãos fizeram, sem deixar que se contamine sua história, mas defendendo-a de toda a mentira.


Referências

[1] Cumont, The Oriental Religions, introdução, p. xi
[2] de Constantino Édito contra os hereges, em Eusébio, Vida de Constantino, 3,53, Christian Império Romano, vol. 8
[3] St. Ambrose, da fé cristã, 2,5
[4] São Irineu, Contra as heresias, 1.1-2
[5] São Irineu, Contra as heresias, 1.2
[6] São Irineu no Euseb. Eccles. Hist. 4.14
[7] Euseb. Eccles. Hist. 4.11
[8] Tertuliano, Contra Marcião, 1.2
[9] Santo Irineu, Contra as heresias, 1,27
[10] Euseb. Eccles. Hist. 4.14
[11] Euseb. Eccles. Hist. 6.43
[12] São Cipriano, epístola 48, trans. Robert Ernest Wallis.
[13] Euseb. Eccles. Hist. 6.43
[14] Euseb. Eccles. Hist. 6,43, trans. CF Cruse, os parênteses são meus
[15] St. Ambrose, da fé cristã, 5.8.104
[16] Euseb. Eccles. Hist. 2.27
[17] Euseb. Eccles. Hist. 5,16 *
[18] Euseb. Eccles. Hist. 5.18
[19] Firmicus, o erro do religiões pagãs, 5.2, trans. Clarence A. Forbes, elipses mina
[20] Leslie William Barnard, introdução ao de Justino Mártir Apologies, antigos escritores cristãos
[21] S. Justino Mártir, I Apology, 66, trans. Leslie William Barnard
[22] Eusébio, Vida de Constantino, 4,21, suportes de mina
[23] Eusébio, Vida de Constantino, 1,32
City [23A] de Deus, 5.25, trans. Marcus Dods
[24) Eusébio, Vida de Constantino, 4,32
[25) Peter J. Leihart, Defesa Constantino, ch. 4, p. 75, 2010
[26) Peter J. Leihart, Defesa Constantino, ch. 4, p. 77, 2010

Fonte: http://shoebat.com