segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

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Santo Agostinho e a mentira Espírita.
Por Fernando Nascimento




O livro “O Espiritismo e as Igrejas Reformadas” de Jayme Andrade, editora EME, quarta edição, capítulo VII, parte 3, diz que santo Agostinho escreveu:

"Não teria eu vivido em outro corpo, ou em outra parte qualquer, antes de entrar no ventre de minha mãe?”('Confissões', I, cap. VI).

A Verdade: Em traduções diretas do latim, encontra-se: “E antes deste tempo, que era eu, minha doçura, meu Deus? Existi, porventura, em qualquer parte, ou era acaso alguém? Não tenho quem me responda, nem meu pai, nem minha mãe, nem a experiência dos outros, nem minha memória. (...)"   
(Confissões, da coleção “Os Pensadores”, vol. 6, Abril Cultural, 1973).

Não há nesta frase de santo Agostinho nenhuma alusão à entrada no ventre.
Vemos aí que houve má fé no texto do livro de Jayme Andrade, que repete versões inglesas onde se lê: “Was I, indeed, anywhere, or anybody? “[Estava eu, na verdade, em qualquer lugar, ou alguém?], o que mostra uma má tradução errada do termo “anybody”.

Estas duas versões têm sutis e cruciais diferenças: a primeira, do livro de Jayme é claramente reencarnacionista, ao passo que a segunda, não o é, mostrando tratar-se pura e simplesmente de um reles questionamento quanto a preexistência.

Santo Agostinho no trecho imediatamente antes, esclarece a dúvida quando questiona: “dizei se a minha infância sucedeu a outra idade já morta ou se tal idade foi a que levei no seio da minha mãe?”. Esta dúvida sempre acompanhou santo Agostinho, que nunca se definiu como a favor ou contra a existência da alma antes do nascimento, preferindo assumir sua ignorância quanto à origem da alma:

“Pois você [Vincêncio Vítor] não apenas caluniou com sua censura os que são afligidos com a mesma ignorância sob a qual eu próprio estou penando, quero dizer, no que diz respeito à origem da alma humana (apesar de eu não ser absolutamente ignorante mesmo quanto a esse ponto, pois sei que Deus soprou a face do primeiro homem, e tal “homem então se tornou alma vivente” [Gn 2,7]”. ( Da Alma e Sua Origem, Livro IV, cap. III)

Ao contrário do herege Orígenes, que teve seus ensinamentos condenados pela Igreja, santo Agostinho jamais fomentou a reencarnação. A discordância entre ele e Orígenes fica patente numa carta a Optatus:

“Pois é impossível que sustentes a opinião de Orígenes, Prisciliano e outros hereges que, por causa dos atos cometido numa vida anterior, as almas são confinadas em corpos mortais e terrenos. Esta opinião é, na verdade, categoricamente contradita pelo o que o apóstolo de Jacó e Esaú que, antes de terem nascido, não cometeram nem o bem, nem o mal [Rom 9,11]." (Nota: Esta carta aparece como sendo a 144ª da coletânea de Jerônimo, que teria, na verdade, uma versão simplificada dela.)

J.R. Chaves no seu “Reencarnação na Bíblia e na Ciência”, cap. VI até traz uma versão correta do texto de “Confissões”, de santo Agostinho, que sugere pré-existência, mas jamais reencarnação da alma. J.R. Chaves, militante do espiritismo, não perdeu tempo em também sapecar outra lorota, dizia:

“Santo Agostinho morreu em 430, ou seja, 123 anos antes de V Concílio Ecumênico de Constantinopla II (553), o qual, supostamente, teria condenado a reencarnação.”

Resposta: Pura calúnia! Santo Agostinho, mais de 123 anos antes de 553, já condenava o origenismo e suas almas que trocam de corpos, afinal fora contemporâneo à primeira crise origenista. Como vimos acima, ele questionava a pré-existência da alma, mas sempre adotou a vida única em estado mortal. Chaves deveria saber disso, pois um autor usado por ele – William Walker Atkinson, em “A Reencarnação e a Lei do Carma”, p. 47; uma página após falar de Justino – já falava da oposição de santo Agostinho ao origenismo.

E assim eles vão caluniando em favor da heresia do espiritismo, porque o Diabo é o pai da mentira.

O fato de os primeiros teólogos terem agido com tanta veemência na rejeição da reencarnação, pode ser tomado como sinal de que algum grupo ou seita um dia a aceitou, afinal a pagã cultura grega em que os primeiros cristãos estavam imersos admitia essa heresia que os ensinamentos de Jesus condenaram.

“Está determinado que os homens morram uma só vez e logo em seguida o juízo.” (Hebreus 9,27). Você acredita em Deus ou nos espíritas?

Eis a verdadeira diretriz da Igreja para aqueles que estão no pecado grave que é o espiritismo:

"Os espíritas devem ser tratados, tanto no foro interno como no foro externo, como verdadeiros hereges e fautores de heresias, e não podem ser admitidos à recepção dos sacramentos, sem que antes reparem os escândalos dados, abjurem o espiritismo e façam a profissão de fé". (1ª Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (1953) in: Frei Boaventura Kloppenburg OFM "Espiritismo: Orientação para Católicos", 6a. edição, Ed. Loyola, cap.VII, p. 157)


Cai a farsa.



Como se não bastasse a desonestidade espírita desmascarada acima, um espírita anônimo publicou o seguinte comentário abaixo desta nossa refutação, atribuindo ser palavras de Santo Agostinho:

"Exceto Maria, os demais viventes oriundos de pai e mãe humanos tiveram faltas pretéritas para resgatar na Terra." (Santo Agostinho - "De Natura et Gratia")

"Os espíritos iluminados de pessoas falecidas podem trazer conhecimentos para nós deles mesmos e de outros espíritos superiores a eles, e até de Deus." (Santo Agostinho - "De Cura Pro Mortuis")

A verdade:

Essas duas frases NUNCA estiveram nos escritos de Santo Agostinho, são enganações espíritas que tentam usar a credibilidade do santo católico para pregar a mentira.

Aqui está o "De Natura et Gratia", em latim para quem tiver dúvidas: http://www.augustinus.it/latino/natura_grazia/natura_grazia.htm

E aqui está o ""De Cura pro Mortuis Gerenda"", em português para desmascarar de vez  a aleivosia dessa gente : http://baixadacatolica.blogspot.com.br/2010/12/o-tratado-de-cura-pro-mortuis-gerenda-o.html

O Fimdafarsa já mostrou porque é impossível ser católico e espírita:

Cai mais uma vez a farsa.

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