Por Fernando
Nascimento
O bispo Edir Macedo, líder
da Igreja Universal, publicou em seu blog um relato que causou revolta entre os
parentes e amigos dos mortos do incêndio que vitimou centenas de jovens na
cidade de Santa Maria (RS).
O bispo insinuava, fazendo marketing
negro de sua seita, que aqueles corpos estavam “ali no chão” porque não estavam
na sua igreja. Para isso ele sorrateiramente usava a desculpa que entre os
mortos estavam ex-seguidores seus.
Em 2011 textos similares a este,
também publicados no blog de Edir Macedo, causaram polêmica por insinuar que
uma jovem havia falecido por não ter permanecido como obreira da IURD. Na
ocasião, os comentários do bispo sobre a morte da jornalista Dayanne
Albuquerque, que faleceu em um acidente automobilístico, causou revolta entre
jornalistas da TV Record, emissora de propriedade de Macedo.
Um caso semelhante aconteceu também
depois de um acidente aéreo que vitimou 70 pessoas após um avião cair perto de
um aeroporto na Inglaterra. Em um texto também publicado em seu blog, Edir
Macedo diz que jovem morreu em acidente porque não frequentava sua igreja.
Como explicaria então o
bispo Macedo, estas centenas de mortos e feridos vitimados porque foram exatamente
para sua igreja???
16 mortos e 120 feridos em evento da IURD em Luanda
25 mortos e mais de 500 feridos em desabamento de uma igreja
universal
A IURD foi condenada pela Justiça a indenizar os pais do
garoto Lucas Terra,
por violentá-lo, matá-lo e queimá-lo
Criança morre afogada no tanque de batismo da universal
Fiel da Universal mata pais; motivo seria dinheiro para o
dízimo
Mulher é morta durante culto da Igreja Universal
Como pode o bispo Macedo ignorar essas vidas ceifadas dentro
de sua igreja particular e lançar comentários tão infelizes sobre vítimas de
acidentes e de corrupção política como no caso da boate Kiss???
Será que a quase totalidade dos apóstolos de Jesus, e o
próprio Jesus, morreram de mortes violentas porque não frequentavam a igreja
carioca do bispo Macedo???
O bispo Macedo deveria pelo menos respeitar as famílias enlutadas, ou lembrar-se das cetenas de mortos e feridos causados pela sua igreja, que começou
numa antiga funerária no Rio de Janeiro.