domingo, 12 de fevereiro de 2012

O Papa Gregório IX perseguiu os gatos?



A Mentira:

"O Papa Gregório IX ordenou o extermínio dos gatos. E assim o tentaram. A humanidade pagou caro por isto. Os ratos tomaram conta do pedaço. A conseqüente peste negra dizimou cerca de um terço da população européia. Apesar dessa matança, alguns gatos sobreviveram e os inquisidores afirmavam que só tendo parte com o misticismo esse bicho não desapareceria depois de tão intensamente caçado. Daí, a idéia de que o gato tem sete vidas."

Onde se encontra a mentira:

- na anticatólica Revista Superinteressante


A Verdade:
Tudo não passa de mais uma mentira contra a Igreja Católica, disseminada pelas anticatólicas revistas Superinteressante, Galileu e outros inimigos da Igreja.

O Papa Gregório IX nunca emitiu qualquer bula contra os gatos.
Eis todas as bulas emitidas pelo Papa Gregório IX, onde nenhuma delas trata de gatos:
Ille humani generis (1232); Etsi Judaeorum (1233); Licet ad capiendos (1233); Si vera sunt (1239). 

Portanto, é falsa tal acusação contra o Papa. E mais falsa ainda a acusação da irresponsável Revista Superinteressante em querer culpar a Igreja pela Peste Negra usando essa mentira, visto que depois do pontificado do Papa Gregório IX passou-se mais de um século para que a Peste Negra surgisse na China, onde os gatos abundavam. Esta pandemia matou 12 milhões de pessoas na China e Índia.

O Papa Gregório IX foi Papa de 1227 a 1241, a pandemia da Peste Negra só atingiu a Europa em meados do século XIV, mostrando assim a ignorância dos caluniadores.

Que a inquisição foi criada para perseguir bruxas, é outra falsidade forjada pelos protestantes, Tal lenda da inquisição foi criada pelo protestante Casidoro Reina que usava o pseudônimo de “Montanus”. (Clique na foto p/ ampliar)




Ao contrário do que querem fazer parecer os embusteiros, “inquisição” significa inquirir, entrevistar, consultar, e não matar pessoas. O tribunal católico questionava somente pessoas da religião católica, e somente católicos, que pregavam heresias dentro da Igreja, os absolvendo, ou os excomungando. Não intervia contra o que pensavam ou praticavam pessoas de outros credos.

Bem no inicio da Inquisição, O Papa Alexandre IV, em 1252, dava as instruções claras de que o Tribunal não era para combater a bruxaria, feitiçaria ou quaisquer outras práticas mágicas, mas unicamente para combater a heresia. O julgamento e repressão da magia, da feitiçaria, da bruxaria como ações ou poderes, era competência do poder civil. Diz o documento emitido por este Papa:

“Como os interesses da fé devem gozar das mais altas prerrogativas e não sofrer detrimento proveniente de cuidados que lhe são estranhos, os que haverão de ser designados como inquisidores pela Santa Sé para lutar contra a peste da heresia não deverão ocupar-se de fatos de adivinhação ou sortilégios, a menos que estes tenham manifestamente sabor herético. Eles não deverão castigar os que se entregam a essas práticas, senão que deixarão essa solicitude á justiça local.” (Líber sextus decretalium)

Moral da história: os gatos nunca foram perseguidos pelo Papa Gregório IX, e jamais impediram que o rato preto espalhasse a Peste Negra na China, na Índia e na Europa, porque eles mesmos, os gatos, estavam entre os portadores da pulga do rato preto que causava as mortes, por isso a população os matava e queimava junto com os cães e porcos.

Ainda hoje, os gatos, entre muitas doenças, transmitem aos humanos uma doença parasitária que é a toxoplasmose, que é provocada por um protozoário o toxoplasma gondii que infecta os felinos que comem aves, ratos ou carne contaminada. O pior desta doença é para as mulheres grávidas, que pode até causar aborto, ou lesões ao feto. O cenário agrava-se ainda mais se a gestante estiver na sua primeira gravidez. Para saber mais em: http://www.ruadireita.com/animais-estimacao/info/as-doencas-transmitidas-pelo-gato/

O rato cinzento, que substituiu o rato preto e os antibióticos é que contiveram a peste negra.
Sobre atribuir aos inquisidores a lenda do gato ter "sete vidas", é outra falsidade. Muitíssimo antes, os provérbios do islâmico Maomé (570-632), já diziam isso dos gatos, e essa estória da quantidade de vidas dos gatos varia de uma parte do planeta para outra. Nos países de língua inglesa são nove, em vez de sete vidas.

Fimfarsa!

Autor: Fernando Nascimento


Referências Bibliográficas:

- DELUMEAU, Jean. A história do medo no ocidente. São Paulo, Companhia das Letras, 1989. (Capítulo 3: Tipologia dos comportamentos coletivos em tempo de peste);

- Grande Enciclopédia Larousse Cultural. v. 19, São Paulo, Nova Cultural, 1998;

- Revista Águas Vivas” - maio/junho de 2009, Ano 10 · Nº 57,