quinta-feira, 22 de março de 2012

Jesus imitou o Mitraísmo?



É o que perguntam os ateus e provaremos historicamente que não.

O mitraísmo é que copiou o uso do pão das cerimônias judaico-cristãs.

Por volta de 2000 a.C., o pão é o vinho já eram usados nas cerimônias de Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo: “Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, mandou trazer pão e vinho,” (Gênesis 14,18).

Melquesedeque é comparado a Cristo: “sem início de dias nem fim da vida, ele se assemelha ao Filho de Deus e permanece sacerdote para sempre.” (Hebreus 7,3)

Já o mitraísmo teve tempo de começo e fim.

O mitraísmo foi uma religião de mistérios nascida na época helenística (provavelmente no século II a.C.) no Mediterrâneo Oriental.
No mitraísmo consagrava-se o pão e a água.
Mitra é um deus de forma humana. É representado sob a forma de um jovem montado em um touro e, com uma das mãos, empunha uma adaga para o degolar. O mitraismo sobreviveu até o século V. (Clique na foto para ampliar)



Só Jesus nasceu de uma virgem, o que era impossível para um deus falso.

750 anos antes de Cristo nascer, o profeta Isaías previu: "uma virgem conceberá e dará
à luz um filho, e o chamará Deus conosco!" (Isaias 7,14)

Mitra, deus petrógeno, não descende do Céu, e muito menos de uma virgem, pois surge miraculosamente de uma rocha, tendo em uma das mãos uma adaga. Nasceu adulto para brigar com um touro.

A estória de que Mitra teria nascido num dia 25 de dezembro não tem qualquer fundamento histórico. O Dr. Chris Forbes, Professor sênior no departamento de história antiga da Universidade de Macquarie, em Sidney, Austrália, afirma: “Não há referências antigas de que Mitra nasceu a 25 de Dezembro.”

Os rituais do mitraísmo.

Os rituais iniciáticos do mitraísmo constavam da admissão dos fiéis por “inductio”. Antes de serem admitidos, os canditatos eram interrogados e sondados, informados num local distinto do templo. Em seguida, eram submetidos a uma série de provas, nus e com os olhos vendados, marchavam às apalpadelas diante de um mistagogo para finalizar se ajoelhando diante de um personagem que portava uma tocha diante de seus olhos. A seguir, com as mãos atadas às costas, colocavam de joelho no chão ao mesmo, tempo que um sacerdote cingia-lhes a cabeça com uma coroa. No final, prostravam-se como mortos.

Num determinado momento da evolução do mitraísmo introduz-se o rito do “taurobolium” ou “baptismo” dos fiéis com sangue de um touro, prática comum a outras religiões orientais. Graças a Tertuliano conhecem-se hoje as severas críticas cristãs a estas práticas.

Tertuliano também descreve o rito de iniciação do grau de Soldado (Miles). O candidato era “batizado” (talvez por imersão), sendo marcado com um ferro em brasa; era alvo de um teste, no qual se colocava uma coroa na sua cabeça que este deveria deixar cair, proclamando que Mitra era a sua coroa. Posteriormente os iniciados assistiam a uma morte ritual e simulada, cujo oficiante era um pai de família.

De acordo com Porfírio, no grau de Leo, colocava-se mel na boca dos recém-nascidos; para os iniciados adultos vertia-se mel sobre as suas mãos que estes lambiam em sinal de comunhão. Acredita-se que cada nível de iniciação teria o seu próprio ritual.

Lá no tempo de Moisés, antes de nascer a tataravó dos que iriam fundar a religião do falso deus Mitra, proclamava Deus no livro de Êxodo 28,4, citando a “mitra” como o chapéu que usariam seus sacerdotes:

“Estas são as vestes que deverão fazer: um peitoral, um efod, um manto, uma túnica bordada, uma mitra e um cinto. Farão essas vestes litúrgicas para teu irmão Aarão e seus filhos, para que sejam meus sacerdotes.”

“mitra” é um chapéu sacerdotal designado por Deus, no posterior mitraísmo virou “coroa”, e nome do próprio deus pagão.
O diabo não é nada criativo, o resto da confusão os embusteiros continuam fomentando para confundir as almas.

Tertuliano (160-220), dizia que, o mitraísmo era inspirado pelo diabo que desejava zombar sobre os sacramentos dos cristãos com o intuito de levá-los para o inferno.

Igualmente São Justino mártir, escrevendo entre 151 e 155, após descrever a Ceia de Jesus condena a imitação feita pelo mitraísmo: " ... Que também os demônios perversos imitaram nos mistérios de Mitra, (...) o pão e um copo de água são colocados com certas palavras ditas sobre eles nos ritos secretos de iniciação (...)"   

Agora sabemos quem imitou quem.


Autor: Fernando Nascimento.
Fimdafarsa.

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Fontes consultadas:

Sagradas Escrituras, (Gên 14,18), (Isaias 7,14), (Êxodo 28,4).

UNLANSEY, David, The Origins of the Mitraic Mysteries. Oxford Universit Press, New York, 1989.

WESTCOTT, W. Wynn, Ressemblances of Freemasonsy to the Cult of Mithra, Ars Quatuor Coranatorum, vol. XXIX, London, 1916.

São Justino Mártir, I Apology, 66 trans. Leslie William Barnard