quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Quebrando o encanto rocambolesco de Elisson Freire com dois detalhes simples


Por Fernando Nascimento

1- Paul Johnson, que o Elisson Freire "preferiu" usar como fonte, é um ex-socialista que não coadunava com a Igreja Católica e que a exemplo dos antes detratores do catolicismo Voltaire e Rui Barbosa depois convertidos, também converteu-se ao catolicismo, evitando o protestantismo enganador. Isso não o faz dono da verdade, ou o isenta de ter cometer erros históricos em seus livros tão "preferidos" pelo Elisson.

2 - Todo mundo sabe que foi Lutero que escreveu o diabólico líbelo anti-semita “Contra os judeus e suas mentiras”, que foi amplamente usado pelos nazistas.
Mas, diz o mentiroso Elisson Freire enfiando malandramente o termo “católicos romanos” entre colchetes no texto abaixo da Comissão Teológica Internacional para culpar os católicos romanos:

Contudo, "deve-se perguntar se a perseguição do nazismo nos confrontos com os judeus não foi facilitada por preconceitos antijudaicos presentes nas mentes e corações de alguns cristãos[católicos romanos] Ofereceram os cristãos[católicos romanos] toda a assistência possível aos perseguidos e, em particular, aos judeus?" Sem dúvida que foram muitos os cristãos que arriscaram a vida para salvar e assistir os judeus seus conhecidos. Parece, porém, igualmente verdade que "ao lado destes corajosos homens e mulheres, a resistência espiritual e a acção concreta de outros cristãos não foi aquela que se poderia esperar de discípulos de Cristo".(46) Este facto constitui um apelo à consciência de todos os cristãos, hoje, exigindo "um acto de arrependimento (teshuva)", e tornando-se um estímulo a que redobrem os seus esforços para serem "transformados, adquirindo uma nova mentalidade" (Rm 12,2) e para manterem uma "memória moral e religiosa" da ferida infligida aos judeus. Nesta área, o muito que já foi feito poderá ser consolidado e aprofundado". (Este é o juízo do recente documento da Comissão para as relações religiosas com o judaísmo, Noi ricordiamo: una riflessione sulla Shoah, Roma (16 Marzo 1998) 3.)

Na verdade, diz o documento da Comissão Teológica Internacional, que o Elisson cita adulterando, e que em nenhum momento fala em “católicos romanos”, mas de "todos os cristãos":

Contudo, "deve-se perguntar se a perseguição do nazismo nos confrontos com os judeus não foi facilitada por preconceitos antijudaicos presentes nas mentes e corações de alguns cristãos […] Ofereceram os cristãos toda a assistência possível aos perseguidos e, em particular, aos judeus?" 45 Sem dúvida que foram muitos os cristãos que arriscaram a vida para salvar e assistir os judeus seus conhecidos. Parece, porém, igualmente verdade que "ao lado destes corajosos homens e mulheres, a resistência espiritual e a acção concreta de outros cristãos não foi aquela que se poderia esperar de discípulos de Cristo".46 Este facto constitui um apelo à consciência de todos os cristãos, hoje, exigindo "um acto de arrependimento (teshuva)",47 e tornando-se um estímulo a que redobrem os seus esforços para serem "transformados, adquirindo uma nova mentalidade" (Rm 12,2) e para manterem uma "memória moral e religiosa" da ferida infligida aos judeus. Nesta área, o muito que já foi feito poderá ser consolidado e aprofundado.”  - Fonte: http://www.intratext.com/ixt/POR0042/__PO.HTM#-19

Como vemos, aí em nenhum momento cita-se o termo entre colchetes “católicos romanos”. Pura desonestidade do fraudulento Elisson Freire.
Os cristãos a que o texto se refere, são os  cristãos que se omitiram na ajuda aos judeus. São conhecidos os maus católicos que foram contados entre estes, mas os mais danosos, sem sombra de dúvida, foram: Lutero, com seus escritos que virou manual nazista e o pastor protestante Friedrich Wieneke que pregava nos anos de guerra: “A paz só virá quando o último judeu se enforcar no último intestino do último vigário". Fonte: Report from Wieneke, “attacks on Pastors”, dated 9,1941 – (BA Koblens R 43 11/478ª, fiche 1, document 19).
Documento disponível em:

Para a tristeza do Elisson Freire, em 1946, após a guerra, os judeus entregaram ao papa Pio XII uma placa com a seguinte mensagem: “Os judeus para a Sua Santidade Pio XII
O Congresso dos Delegados das comunidades israelitas italianas, realizado em Roma, pela primeira vez após a Libertação, é obrigado a pagar tributo a Sua Santidade, e, para manifestar o mais profundo sentimento de gratidão de todos os judeus, por mostrar a Fraternidade humana da Igreja durante os anos de perseguição e quando suas vidas foram postas em perigo pelas atrocidades nazi-fascistas. Muitas vezes, sacerdotes suportaram prisões e campos de concentração e até mesmo sacrificaram as suas vidas para ajudar os judeus. Essa prova que o sentimento de bondade e caridade que ainda conduz o justo tem servido para diminuir a vergonha das indignidades suportadas, o suplício sofrido das perdas de milhões de seres humanos. Israel ainda não terminou o sofrimento: Os judeus sempre lembrarão o que a Igreja, sob ordens do papa, fez por eles naquele momento terrível ". Moção aprovada pelo Terceiro Congresso da Comunidade Israelita Italiana realizado em março de 1946.

No pontificado de Bento XVI, foi noticiado: «Os judeus sobreviventes agradeceram pela oportunidade de saudar o Papa em alemão e italiano e de agradecer-lhe pela intervenção da Igreja Católica para salvar suas vidas durante a II Guerra Mundial», explicou à Zenit Gary L. Krupp, presidente da fundação". http://www.zenit.org/article-18780?l=portuguese

Quando o protestantismo recebeu tamanhos agradecimentos dos judeus? Nunca!

Recentemente a igreja evangélica alemã admitiu que era aliada dos nazistas e que perseguia os judeus tomando para si o título de “Antisemitas originais”. Ver Luteranos: o mea culpa sobre Hitler. Entrevista com Stephan Linck: http://juliosevero.blogspot.com.br/2014/03/luteranos-reconhecem-culpa-com-relacao.html

O Diabo é o pai da mentira. Por aí vê-se a falta de credibilidade que tem o calhamaço de lorotas do Elisson Freire.

O desatento Elisson Freire, sequer notou que apresentei propositalmente o pedido de desculpas de Olavo de Carvalho à Igreja (por ter acreditado na farsa contra o Papa Pio XII), porque sei que o polêmico Olavo é insuspeito pra isso. Caso o hilário Elisson queira conhecer a farsa montada contra o Papa Pio XII abordada  por outra fonte e sem o Olavo, veja aqui e estrebuche: http://www.nationalreview.com/article/219739/moscows-assault-vatican-ion-mihai-pacepa   

Meu tempo é muito caro para gastar com as sandices anti-históricas do Anacronista Elisson Freire.
Estou republicando isso porque parece que o acusador não leu o jornal da semana passada.


Fimdafarsa.