segunda-feira, 16 de maio de 2011

Refutando “Uma resposta sobre divisão para os católicos”

Por Fernando Nascimento

O autor Gleison Elias Pereira postou suas acusações e distorções sob o título: “Uma resposta sobre divisão para os católicos”, no endereço: http://ubeblog.ning.com/profiles/blogs/uma-resposta-sobre-divisao

Nossa refutação segue em azul.

Dizia o protestante Gleison, ao tentar justificar as divisões protestantes:

De vez em quando nos deparamos com católicos acusando as igrejas evangélicas e protestantes de serem divididas entre si. Eu mesmo já cheguei a conversar com algumas dessas pessoas que chegaram ao absurdo de dizer que Martinho Lutero foi o principal pivô de toda essa divisão e pluralidade de denominações existentes no mundo.

Em se tratando de protestantismo, é claro que foi Lutero o pivô da maior das divisões do cristianismo, senão o Gleison não seria protestante, afinal o número de protestantes rebelados é maior que o de Ortodoxos e os dois somados menor que o de Católicos. Em todos os tempos heresiarcas se levantaram contra a Igreja Católica, mas a Igreja sempre triunfou e viu a cor dos ossos daqueles e as ruínas de seus templos.

Não quero aqui negar a existência de divisões, dissensões, disputas e tantas outras coisas ruins existentes no meio evangélico. São diversos os motivos que levaram a isso, a maioria deles é banal e injustificável.

O dinheiro é a maior causa que o Gleison certamente omite, mas de fato tudo é banal e injustificável no protestantismo, pois a igreja do seu “reformador” hoje esvaziada, já foi “reformada” mais de 50 mil vezes. Cada seita evangélica que se abre diariamente, a “reforma” a seu modo.

Talvez, a única justificativa plausível ocorresse quando certa divisão tivesse ocorrido dentro dos parâmetros de 1 Coríntios 11.19, quando Paulo disse: “Não há dúvida de que é preciso haver divisões entre vocês para que fique claro quem são os que estão certos (NTLH)”. Se você preferir outra versão, este mesmo versículo ficaria assim: “E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós (ACF)”.

Aqui, o Gleison tenta malandramente justificar a divisão tão condenada por Cristo, deturpando um versículo fora do contexto e habilmente usando uma tesoura para cortar o início e o final do contexto, como se peixe fosse.

S. Paulo neste versículo que o Gleison torce, não está fomentando divisão nenhuma, mas reprimindo contendas internas e desdenhando os que as fazem. Usando a própria bíblia protestante de João Ferreira de Almeida, edição Revista e Corrigida, edição de 1995, vamos ao contexto do que de fato diz S. Paulo em 1Cor 11,17-22:

17 “Nisto, porém, que vou dizer-vos não vos louvo; porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior.”

18 ”Porque antes de tudo ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio.“

19 “E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.”

20 “De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor.“

21 “Porque, comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome e outro embriaga-se.”

22” Não tendes porventura casas para comer e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto não vos louvo.”
(ACF)

Contrariando o Gleison, vemos que S. Paulo começa e termina dizendo não louvar a atitude dos que ele repreende. O Gleison não percebeu que S. Paulo desdenhado e reprovando os hereges, apenas diz, em outras palavras: que é até bom que haja heresias, partidos, divisões, para que se manifestem os que realmente são virtuosos, para melhor poder separar o joio do trigo.

Se o Gleison dizia que essa sua distorção era “a única justificativa plausível” para endossar as numerosas dissensões protestante enganou-se. As duras palavras de S. Paulo aos que promovem dissensões como o Gleison, são estas:


“Noteis os que promovem dissensões (divisões) e escândalos contra a doutrina que aprendeste; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a Nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos símplices”. (Romanos 16,17-18).


O apóstolo João acaba de vez com as pretensões do Gleison e de outros mais de 50 mil rebelados fundadores de igrejas, quando diz:


“Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.” (1 Jo 2, 19)


Acontece, que quando essas pessoas falam de divisões entre denominações evangélicas, principalmente os católicos, eles acabam se esquecendo (se é que sabem) que uma das primeiras grandes divisões na igreja ocorreu dentro do próprio catolicismo. Quem conhece um pouco de história da igreja sabe o que estou dizendo! Pois, foi em 1054 que ocorreu um grande cisma entre católicos do ocidente e oriente, formando uma outra instituição católica conhecida até hoje como Igreja Católica Apostólica Ortodoxa. Essa divisão ocorreu por disputas política, hierárquicas e de rituais, muito parecido com que ocorre entre muitas igrejas evangélicas atualmente. Vale lembrar ainda, que os católicos ortodoxos não reconhecem a autoridade do Papa nem aceitam os dogmas proclamados pela Igreja Católica Romana. O que é isso senão divisão!


Ao contrário do que afirma o Gleison, a igreja Ortodoxa não é a mesma igreja Católica “dividida”, é uma outra igreja, fundada em 1054, por alguns rebeldes, que seguem sim 7 dos 20 concílios católicos, incluindo-se aí muitos dogmas Católicos Apostólicos Romanos. O fato de a igreja Ortodoxa usar posteriormente o nome de “católica” não quer dizer que ela seja a mesma e única Igreja Católica Apostólica Romana dividida. Aquela é uma outra igreja, assim como é outra igreja a evangélica autodenominada “católica reformada” deste link: http://www.padrejader.com.br/igreja/igreja.htm que usa este nome para promover confusão beneficiando-se da ignorância de alguns.


Lógico que os primeiros rebelados do cristianismo teriam que sair da Igreja Católica fundada por Cristo. Será que o nobre protestante esperava que saíssem do budismo? (cai o vil sofisma)


Antes de tudo, o Gleison aprenda que todos os rebelados que se auto denominam “católicos ortodoxos”, “protestantes” ou “evangélicos” cometem o mesmo pecado de rebelião.


O que tem a Igreja Católica a ver com as rebeliões destes? Nada! Que arquem com as conseqüências disto diante de Deus todo rebelado que abandona a única Igreja instituída por Jesus Cristo: "Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria." (1 Sm, 15, 23).


O apóstolo João, de dentro da Igreja Católica já instruía: “Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.” (1 Jo 2, 19)


A Igreja Católica Apostólica Romana é una, é a única que remonta a passagem de seu fundador Jesus Cristo na terra, e a única que soma mais de dois milênios de existência.
Por isso S. Paulo a chamava "Coluna e fundamento da verdade: "Escrevo-te para que saibas como deves portar-te na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e fundamento da verdade." (1Tm 3,14-15 )


Todos aqueles que a abandonaram por vaidade ou heresia não a “dividiram”, Satã não dividiu o céu quando rebelou-se contra Deus, mas o inferno entre suas legiões. A Igreja Católica continua a figurar nesses mais de dois milênios como a maior igreja cristã de todos os tempos.


Para decepção dos católicos, essa não foi a única divisão ocorrida na igreja romana. Só para se ter uma noção da diversidade católica, abaixo segue uma lista das principais denominações católicas existentes atualmente, fruto de diversas divisões ocorrida na mesma:


Para decepção do Gleison, seus embustes estão sendo desmascarados linha a linha e continuarão assim até o final. Os católicos não dividiram coisa nenhuma, os rebelados saídos da Igreja é que fundaram outras “igrejas” e dividiram-se passando a usar o nome de “católicos” ou não. Que arquem com as conseqüências diante de Deus.
Vejamos a falsa “diversidade católica” que ele alude:


A Igreja Católica Apostólica Brasileira (ICAB), que é uma dissidência da Igreja Católica Apostólica Romana, criada a 6 de julho de 1945 no Brasil, pelo conhecido Dom Carlos Duarte Costa.


Esta instituição particular brasileira, que usurpa o nome de “Católica Apostólica” sem ser universal e jamais ter sido conhecida pelos apóstolos, em nada “divide” a Igreja Católica Apostólica Romana, sequer já fez parte de seu corpo.


A Igreja Católica Conservadora do Brasil, que também é uma denominação católica de rito idolatra e romano. É independente do vaticano e não presta nenhuma obediência ao seu Papa.


Idólatra maior que o que promove rebelião como o Gleison e teima nela não existe: "Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria." (1 Sm, 15, 23).


A “Igreja Católica Conservadora do Brasil” é outra instituição brasileira que também usurpa o nome de “Católica” sem ser universal, e em nada “divide” a Igreja Católica Apostólica Romana, sequer esteve algum momento prestando obediência ao Papa.


A Igreja Católica Liberal (ICL), undada (sic) em Londres em 1916, que também é uma igrejas Católica independentes de Roma, também não presta obediência ao seu Papa e administra sete sacramentos.


A tal “Igreja Católica Liberal (ICL)”, fundada por um excomungado que usurpa o nome de “Igreja Católica”, sem ser universal, não é Católica Apostólica Romana.
A igreja do Gleison também “não presta obediência ao Papa”, é “independente” de Roma, administra alguns sacramentos católicos, e nem por isso é católica.


A Igreja Católica Carismática que é um movimento de caráter pentecostal. Em muitos lugares, como na minha própria cidade os católicos romanos e carismáticos vivem constantemente em brigas e disputadas.


A “Igreja Católica Carismática”, que usurpa o nome de “Católica” sem ser universal, nada tem a ver com a Igreja Católica Apostólica Romana ou com o Movimento Carismático Católico. Se os católica apostólicos romanos a combatem, é porque é vista pelos católicos verdadeiros como se seita protestante fosse.


A Velho-Católica, é também um movimento de católicos independentes, fruto de outra divisão ocorrida após o Concílio Vaticano I (1869-1870).


Esta seita fundada por um excomungado, que usurpa o nome de “Católica” e tem a Comunhão Anglicana, não é Católica Apostólica Romana. É vista pelos católicos verdadeiros como se protestante fosse.


Existem outras igrejas rito católico, fruto de divisões dentro do catolicismo, tais como a Igreja Episcopal Latina do Brasil, a Igreja Católica Ortodoxa Siriana do Brasil e muitas outras.


1- A Igreja Episcopal Latina do Brasil é uma dissensão da “Velho-Católica” abordada acima. Esta também é de tradição protestante.


2- A Igreja Católica Ortodoxa Siriana do Brasil é originária da Igreja Siríaca Ortodoxa no Brasil (ISOA), nada tendo a ver com a Igreja Católica Apostólica Romana, apesar de usurpar o nome de “Católica” sem ser universal.


Na verdade, o que o Gleison ignora é que estas igrejas, assim como as protestantes, dispersam na verdade é o cristianismo e a si próprias, e não a Igreja Católica, que continua una e em crescente número de fiéis há mais de dois milênios, confira: http://www.acidigital.com/noticia.php?id=18258


Assim, se os evangélicos estão divididos, seria correto dizer que os católicos foram os pioneiros dessa bagunça.


Engana-se. Os católicos continuam unidos na única Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo. Não foram os católicos os “pioneiros” na “bagunça” das divisões, e sim os rebelados infiéis à unidade tão suplicada por Jesus Cristo, que rogava: “Um só Senhor, uma só fé, Um só batismo” (Efésios 4,5-6). "Não rogo só por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim, por meio da sua palavra, para que todos sejam uma só coisa, assim como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti; também eles sejam um em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste". ( Jo 17,20-21 )


Portanto, a minha recomendação ao Gleison, é que pare de torcer as Escrituras e os fatos em favor da condenada divisão da fé em que ele mesmo está atolado até o pescoço. Estas palavras do apóstolo Pedro lhe cairão muito bem:


“Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição. Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados, e descaiais da vossa firmeza;” (2 Pd 3,16-17)


Em todos os livros Sagrados, não encontraremos uma só frase favorável à divisão deste "Reino dos Céus", da "Minha Igreja"(de Cristo), em seitas autônomas! Pelo contrário, lemos no evangelho de Jo 11,51-52 o oráculo divino: "Jesus devia morrer pela nação, mas também para que fossem reconduzidos à unidade os filhos de Deus dispersos". Lamentavelmente, as seitas promovem o contrário: a dispersão!


Já no Antigo Testamento (Num 14,1-38), lemos como Moisés tinha enviado 12 príncipes (um de cada tribo) para explorar a Terra Prometida. Dez deles, depois de terem voltado, tinham feito murmurar todo o povo contra Moisés e Aarão, dizendo: Escolhamos um ( outro) chefe e voltemos para o Egito. Por castigo, os dez exploradores rebelados morreram feridos por uma praga, diante do Senhor, e todos os adultos Israelitas, (acima de 20 anos), "deixaram seus cadáveres apodrecer no deserto". Somente os dois exploradores fiéis a Moisés, Josué e Caleb, entraram na Terra Prometida.


Semelhante castigo infligiu Deus a Coré, Datan e Abirão e seus 250 sectários, revoltados contra a autoridade de Moisés e Aarão. Os três foram engolidos pela terra, que se abriu na vista de todo, e os demais foram devorados pelo fogo caído do céu (Num 16,1-35).


Para o povo da Nova aliança, previu Deus o mesmo regime de um só governo, pela profecia de Daniel ( Dan 2,44 ): "No tempo desses reis ( do império Romano ), o Deus do céu suscitará um reino que jamais será destruído ... e subsistirá para sempre." - Trata-se da Igreja Católica, confiada por Jesus a Pedro, e governada até hoje por seus sucessores, os Papas.


Não adianta torcer as Escrituras como tentou o Gleison. A divisão é um erro condenável, por isso recentemente 400.000 Protestantes converteram-se católicos num único dia: http://batistabras.blogspot.com/2009/10/anglicanos-voltam-igreja-catolica_24.html


E os Ortodoxos em aproximação, até já reconheceram o bispo de Roma como o “primeiro” entre os patriarcas, tanto nas Igrejas do oriente como nas do ocidente, conclui um histórico documento assinado por representantes católicos e ortodoxos. http://www.zenit.org/article-16759?l=portuguese


Nada mais sobrou dos embustes do Gleison, na sua tentativa vã de defender as rebeliões do protestantismo.


Deus seja louvado!
Amém!