quarta-feira, 11 de abril de 2012

A Rede Globo e as Mentiras Sobre os Documentos “Secretos” do Vaticano

Por Fernando Nascimento

A mal intencionada jornalista Ilse Scamparine, da Rede Globo, em pleno sábado de Aleluia, (e só porque era dia memorável católico, pois assim manda a praxe dos hereges), no Jornal Nacional do dia 7/4/2012, resolveu mais uma vez com suas desinformações, agredir a Igreja Católica num dia santo, isso direto de Roma, valendo-se das desonestas mentiras estratégicas protestantes (lendas negras), que tanto apregoa vez por outra, as vendendo como “informação”.

A jornalista apresentava a exposição "Lux in arcana" que reúne documentos valiosos da Igreja, que está acontecendo nos museus do Capitólio, em Roma, como sendo uma “exposição de documentos secretos do Vaticano”, e caluniando a rodo, pronunciava uma mentira protestante e anti-histórica para cada documento que apresentava sem os ter lido.

A exposição "Lux in arcana" de antigos documentos valiosos da Igreja, está em cartaz desde 29 de fevereiro e vai até 9 de setembro, mas a desonesta e espírita Rede Globo escolheu coincidentemente o sábado de Aleluia, para com suas distorções criminosas vender mais uma vez a Igreja como vilã, usando a desonestidade da senhora Ilze Scamparini.

Eis o trecho do Jornal Nacional onde a Globo caluniava sobre os documentos:

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Refutando as mentiras da Globo propaladas pela Ilze Scamparine:

1- O processo de Galileu - A jornalista afirmava em forçado tom melancólico, que Galileu (trêmulo) foi condenado por sustentar que a terra era o centro do universo. Para isso a jornalista foi astuta o bastante ao tirar proveito da decoração ambiental do museu, que simbolizava o fogo luz da era medieval (era dos documentos), para fazer uso maldoso das chamas associando-as à inquisição das anti-católicas lendas negras protestantes. Ela caluniou que “muitos” morreram na fogueira, mas não citou nome algum e ainda culpou o Tribunal católico por isso. – Uma mentira vergonhosa, forjada pelo protestante Casidoro Reina que se escondia atrás do pseudônimo de “Montanus”!

Erroneamente ou por má fé, muitos que se aventuram a falar sobre o modo de justiça dos tempos medievais, atribuem as sentenças de morte simplesmente à “Inquisição”, contabilizando isto à Igreja Católica, o que é uma injustiça. Na verdade existiam três Tribunais distintos: 1- o Tribunal civil dos reis (que matava na fogueira e queimou os Templários e muitas bruxas); 2- o Tribunal protestante dos protestantes que usurparam países católicos (que matava na fogueira e queimou Miguel Servet e 20 mil bruxas só na confissão de Benedict Carpzov); 3- e o Tribunal católico (que era o mais indulgente e possuía proibição papal de se atentar contra a saúde ou vida do acusado. Daí Galileu, Casanova, Lutero, Casidoro Reina e muitos outros terem morrido na velhice de causas naturais, pois as sentenças do Tribunal católico eram a absolvição, ou a excomunhão, e estava limitado a julgar apenas católicos, e somente católicos, que promoviam heresia contra a fé).

Geralmente omitem essas regras do Tribunal católico, e também que a Igreja proibiu o livro proposto que recomendava torturas aos acusados, ou mesmo que foi a Igreja Católica que contribuiu decisivamente para o fim das mortes em outros tribunais.  

A Verdade: Galileu foi processado em 1633 por ter violado uma disposição que lhe foi feita em 1616. A disposição de 1616, que Galileu não cumpriu, proibia-o de ensinar o heliocentrismo, que foi descoberto décadas antes pelo padre Copérnico e financiado pelo Papa Paulo III, e que ainda não havia sido confirmado unanimemente pela ciência. Sem uma física como a de Newton, sem uma prova ótica como o movimento da terra, a coisa não se podia explicar. O próprio Galileu diante de outros cientistas em seu julgamento não foi capaz de provar cientificamente o heliocentrismo, ou seja, a teoria que dizia que o sol está no centro e a terra se move ao redor dele. Só mais tarde com novos instrumentos e estudos isso pode ser provado. Não só isto, Galileu havia conseguido fraudulentamente o imprimatur, enganou a quem o concedeu dizendo que era uma exposição imparcial, mas não era nada imparcial. Por este motivo foi acusado e, portanto, submetido a processos, ou seja, submetido a um processo disciplinar.

Outro aspecto importante a levar em conta é que, ainda que às críticas de Galileu, a posição tradicional estava fundamentada, nem Galileu nem ninguém possuíam naquele tempo argumentos para demonstrar que a Terra se movia ao redor do Sol. Galileu tentou prová-lo citando o movimento das marés, desde então, como sabemos, o argumento das marés estava errado. Só para bem situar as pessoas, antes disso tudo, Galileu havia “provado” matematicamente a existência do fictício inferno de Dante Alighieri. (1)

Galileu nunca foi condenado como herege, nem tampouco o heliocentrismo foi declarado como herético. Foi-lhe imposta uma penitência saudável, que consistia em prisão domiciliar, onde trabalhava normalmente, e recitar uma vez na semana os sete salmos penitenciais. Sua filha se ofereceu para fazê-lo no lugar dele. Não esteve na prisão nem um só momento, em atenção à sua fama, à sua idade e à consideração que tinha; foi tratado sempre com grande admiração.

Ao contrário do que a velhaca jornalista tenta passar, Galileu amava a Igreja, e diz, exagerando (Galileu) como faz sempre, em uma carta a um nobre francês: “Outros podem ter falado mais piamente e mais doutamente, mas nenhum mais cheio de zelo pela honra e a reputação da Santa Mãe Igreja do que escrevi eu”. É exagerado, mas, em todo caso, demonstra que é verdade. Como dizia João Paulo II, a verdade histórica dos fatos está muito longe da imagem que se criou posteriormente em torno de Galileu.
Galileu morreu na velhice, e sempre foi católico até o último dia de sua vida, e repousa até hoje dentro de uma Igreja católica.

A maior injustiça neste caso é os caluniadores sempre omitirem que foi o padre Copérnico, o verdadeiro descobridor do heliocentrismo, décadas antes de Galileu o defender cegamente. Por mais que a atitude dos que condenaram Galileu pareça exagerada, na realidade responde a uma lógica. (2)

Hoje sabemos que a Igreja fez muito bem, defendendo prudentemente as Escrituras quando Galileu a questionou. As Escrituras afirmam que “o sol se deteve ... quase um dia inteiro” (Josué 10,13), demonstrando um excepcional milagre divino, onde quase não houve noite no fim do dia. Não há contradição aí, a menos que alguém queira discutir com Max Planck e Albert Einstein (da Teoria da Relatividade):

 "Se tomarmos, por exemplo, um sistema de referências fixamente ligado com a nossa Terra, teremos de afirmar que o Sol se move no céu; se, inversamente, deslocarmos o sistema de referência para uma estrela fixa, o Sol encontra-se em repouso. Na oposição entre estas duas formulações não existe contradição nem obscuridade: trata-se somente de duas maneiras diferentes de considerar as coisas. Segundo a teoria física da relatividade, que atualmente pode ser considerada como aquisição científica assegurada, ambos os sistemas de referência e os modos de consideração que lhes correspondem são igualmente corretos e igualmente justificados, e é fundamentalmente impossível, sem arbitrariedade, decidir entre eles através de quaisquer medições ou cálculos". (Max Planck, in Vorträge und Erinnerungen, Stuttgart, 1949, p. 311).

Isto claramente prova que a Igreja, não estava “errada”, como pregam certos indoutos linguareiros, para rapinar na ignorância. Além do que no texto da sentença a Galileu não aparece em nenhum momento citado o Papa; portanto, esse documento não pode ser considerado como um ato de magistério pontifício, e menos ainda como um ato de magistério infalível nem definitivo. (3)

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2- A confissão dos Templários - A jornalista afirma que um pergaminho de 60 metros contém o processo contra a Ordem dos Templários da França, acusada de heresia pelo Papa Clemente V. - Uma mentira vergonhosa!

A Verdade: o pergaminho não contém nenhuma acusação ou condenação do Papa aos Templários, mas a confissão dos templários diante de três cardeais enviados pelo Papa ao castelo de Chinon. Quem condenou os templários e os sacrificou na fogueira foram os corruptos reis da época, valendo-se de falsas acusações e torturas, para se apoderarem dos bens da Ordem.

A publicação desse documento caluniado pela jornalista, dissipa e deixa claro todas as dúvidas que por interesse se verteram durante esses séculos sobre a Ordem do Templo e que tanto dano causaram à imagem da Ordem, deixando claro que:

1. O Papa Clemente V nunca esteve convencido da culpabilidade da Ordem do Templo.
2. A Ordem do Templo, seu Grão Mestre Jacques de Molay e os demais templários presos, muitos deles justiçados posteriormente, foram absolvidos pelo Santo Padre.
3. O Templo nunca foi dissolvido, senão suspenso.
4. O Papa Clemente V nunca acreditou nas acusações de heresia e por isso permitiu aos templários justiçados receber os Santos Sacramentos.
5. Clemente V nega as acusações de traição, heresia e sodomia pelas quais o Rei da França acusou o Templo.
6. O processo e martírio de templários foi um “sacrifício” para evitar um cisma na Igreja Católica, que não compartilhava em sua grande maioria das acusações do Rei da França, e muito especialmente da Igreja francesa.
7. As acusações foram falsas e as confissões conseguidas sob torturas.


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3- O Papa Pio XII - Em tom pilhérico, a aleivosa jornalista afirma que na exposição não há nada sobre o Papa Pio XII, segundo ela “acusado de se omitir diante da matança de judeus pelos nazistas.” - Uma mentira vergonhosa!

A verdade: Há sim, muito na exposição que contradiz a jornalista , sobre a inocência e bravura do Papa Pio XII. A jornalista apenas omitiu e preferiu fazer eco a uma caduca difamação maquinada e já refutada pelo jornalista Olavo de Carvalho, que começou com a caluniosa peça teatral “O Vigário” (1963), do protestante Rolf Hochhuth, e culminou no fantasioso livro do desonesto John Cornwell, “O Papa de Hitler” (1999), sendo de cabo a rabo essa farsa, uma criação da KGB. Confira tudo aqui: http://www.olavodecarvalho.org/semana/070201jb.html

O Papa jamais silenciou diante do massacre dos judeus, repetem essa mentira para vê-la tornar-se verdade. Os meios de comunicação da época são testemunhas letais contra os caluniadores.

Veja os Editoriais do New York Times nos anos da guerra sobre Pio XII:
“A voz de Pio XII é uma voz solitária no silêncio e na escuridão envolvendo a Europa neste Natal. O Papa reitera o que antes já havia dito. De modo geral, ele repete, ainda que mais claramente, o plano de cinco diretrizes que ele primeiro enunciara em sua mensagem de Natal no início da guerra, em 1939. (...)”

Em janeiro de 1940, por exemplo, o Papa deu instruções à Rádio Vaticana de que revelasse as "horríveis crueldades da selvagem tirania" que os nazistas estavam infligindo aos judeus e aos católicos poloneses. Dando notícia da transmissão uma semana depois, o Defensor Público dos judeus de Boston reconheceu-a por aquilo que era: "Uma denúncia explícita das atrocidades perpetradas pelos alemães na Polônia ocupada pelos nazistas, declarando abertamente que são uma afronta à consciência moral de toda a humanidade". O New York Times escreveu em seu editorial: "Hoje o Vaticano falou, com uma autoridade que não pode ser posta em discussão, e confirmou os piores presságios de terror que emergem das trevas da Polônia". Na Inglaterra, o Manchester Guardian elogiou o Vaticano como "o mais enérgico defensor da Polônia torturada". http://www.alfredo-braga.pro.br/discussoes/opapajusto.html

Ao contrário do que afirmava a omissa e desonesta jornalista, ao dizer que não havia nada ali sobre o Papa Pio XII, há sim documentos que defendem a atitude do papa Pio XII, entre eles, está um relatório do núncio Francesco Borgongini-Duca que visitou sete campos de concentração na Itália, em 1941, e uma carta de agradecimentos de pessoas detidas nos campos, endereçada ao papa.

Filmes revelam ajuda de Pio XII aos judeus na SGM
Foram descobertos filmes que mostram a enorme atividade de ajuda que o Papa  Pio XII desenvolveu durante a Segunda Guerra Mundial a favor de todas as vítimas, independentemente de sua religião. http://www.2guerra.com.br/novosite/index.php?option=com_content&view=article&id=738:filmes-revelam-ajuda-de-pio-xii-aos-judeus-na-sgm&catid=94:artigos&Itemid=32

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4- A Carta indígena - A desonesta e omissa jornalista mostrou uma carta indígena escrita em 1887, “feita com o tronco de uma árvore” e enviada ao Papa Leão XIII, mas “inteligentemente” omitiu que o chefe da tribo indígena Ojibwa na carta, chama Leão XIII  de "grande mestre das preces que cumpre as funções de Jesus".

Por que será que a jornalista fez questão de comentar caluniando o conteúdo dos outros documentos e omitiu o conteúdo desta carta? Certamente faltou uma lenda negra protestante para este caso.

O povo católico não merece o mau-caratismo da espírita Rede Globo, nem a ma fé e falta de profissionalismo da senhora Ilze Scanparini, em Roma, num sábado de Aleluia.

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Notas:

(1) Scientifc Blunders: A Brief History of How Wrong Scientists Cam Sometimes Be,
Roberts yuongson, Carrol & Graf Publishers, 1998.

(2) Mariano Artigas e Melchor Sánchez de Toca, Galileo y el Vaticano. Historia de la Comisión Pontificia de Estudio del Caso Galileo (1981-1992) (Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 2008).)

(3) Por Mariano Artigas, professor de Filosofia da Ciência na Universidade de Navarra (Espanha), co-autor do livro “ Galileo en Roma. Crónica de 500 días” e autor do livro “Filosofia da Natureza”.