terça-feira, 3 de setembro de 2013

O Nazismo nasceu do Protestantismo (Inédito)

Existe uma afirmação de que Hitler se converteu ao protestantismo, de acordo com o Secretário Nacional Klundt, em 25 de abril de 1933, em Königsberg. (Friedrich Baumgärtel, wider die Kirchenkampf Legenden, Neuendettelsau, 1959)


MAPA N ° 1 - Votos nos nazistas (parte escura)
vieram de Áreas protestantes. Votação na Alemanha, em 1932.


MAPA N° 2
Áreas católicas
(parte escura)
Conforme o Censo de 1934, omapas mostram que católicos recusaram voto 
em Hitler, e protestantes votaram maciçamente.


Tudo começou quando Lutero escreveu um diabólico panfleto chamado: CONTRA OS JUDEUS E SUAS MENTIRAS”, obra esta, reproduzida na ’História do Anti-semitismo’, de Leon Poliakov. Dizia o raivoso Lutero contra os judeus:
“(…) Finalmente, no meu tempo, foram expulsos de Ratisbona, Magdeburgo e de muitos outros lugares… Um judeu, um coração judaico, são tão duros como a madeira, a pedra, o ferro, como o próprio diabo. Em suma, são filhos do demônio, condenados às chamas do Inferno. Os judeus são pequenos demônios destinados ao inferno.” (‘Luther’s Works,’ Pelikan, Vol. XX, pp. 2230).
”Queime suas sinagogas. Negue a eles o que disse anteriormente. Force-os a trabalhar e trate-os com toda sorte de severidade … são inúteis, devemos tratá-los como cachorros loucos, para não sermos parceiros em suas blasfêmias e vícios, e para que não recebamos a ira de Deus sobre nós. Eu estou fazendo a minha parte.” (‘About the Jews and Their Lies,’ citado em O’Hare, in ‘The Facts About Luther, TAN Books, 1987, p. 290).
E ainda:
“Resumindo, caros príncipes e nobres que têm judeus em seus domínios, se este meu conselho não vos serve, encontrai solução melhor, para que vós e nós possamos nos ver livres dessa insuportável carga infernal – os judeus.” (Martim Lutero: Concerning the Jews and their lies [A respeito dos judeus e suas mentiras], reimpresso em Talmage, Disputation and Dialogue, pp. 34-36.)
Comenta o renomado historiador Michael H. Hart: “Embora se rebelasse contra a autoridade religiosa, poderia ser extremamente intolerante com quem dele discordasse em assuntos religiosos. Possivelmente foi devido em parte à sua intolerância o fato de as guerras religiosas terem sido mais ferozes e sangrentas na Alemanha do que, digamos, na Inglaterra. Além disso Lutero era feroz anti-semita, tendo talvez, a extraordinária virulência de seus escritos sobre os judeus preparado o caminho para o advento de Hitler na Alemanha do século XX”. (Hart, Michael H, pág 174).

O próprio Hitler considerou Lutero uma das três maiores figuras da Alemanha, juntamente com Frederico, “o Grande”, e Richard Wagner. (Adolf Hitler: Mein Kampf, p. 213).
Em seu livro Why the Jews? [Por Que os Judeus?], Dennis Prager e Joseph Telushkin escrevem:
“[...] os escritos posteriores de Lutero, atacando os judeus, eram tão virulentos que os nazistas os citavam freqüentemente. De fato, Julius Streicher (nazista), argumentou durante sua defesa no julgamento de Nuremberg que nunca havia dito nada sobre os judeus que Martim Lutero não tivesse dito 400 anos antes”. (Dennis Prager e Joseph Telushkin: Why the Jews? The reason for anti-Semitism [Por que os Judeus: A causa do anti-semitismo] (Nova York: Simon & Shuster, 1983), p. 107.)
Ao executarem seu primeiro massacre em larga escala, em 9 de novembro de 1938, no qual destruíram quase todas as sinagogas da Alemanha e assassinaram trinta e cinco judeus, os nazistas anunciaram que a perseguição era uma homenagem ao aniversário de Martim Lutero.” (Prager e Telushkin, p. 107).
O resultado disso tudo é que o Nazismo exterminou cerca de 11 milhões de pessoas, dos quais 6 Milhões eram judeus. http://br.youtube.com/watch?v=1ZqClemjB80  

Recentemente a igreja protestante alemã admitiu que era aliada dos nazistas e que perseguia os judeus tomando os luteranos para si o título de “Antisemitas originais”. Veja a entrevista com o historiador Stephan Linck que pontuou:

“No início do regime, o apoio protestante a Hitler era enorme, porque ele havia removido a República, que era vista como uma entidade irreligiosa. Os nazistas propagandeavam um “cristianismo positivo”, voltado negativamente apenas contra os judeus, e isso encontrou o favor dos luteranos. (...)

As profundas raízes do antissemitismo da Igreja Evangélica afundavam no nacionalismo alemão; no entanto, sim, muitos protestantes se referiam aos escritos de Lutero contra os judeus para demonstrar que eles eram os antissemitas “originais”: no fundo, Lutero já havia incitado a perseguir os judeus e a incendiar as sinagogas.” - (Reportagem de Andrea Galli, publicada no jornal Avvenire, dos bispos italianos, em 19-02-2014, com tradução de Moisés Sbardelotto. ). 
Veja a entrevista completa aqui: http://juliosevero.blogspot.com.br/2014/03/luteranos-reconhecem-culpa-com-relacao.html

Desde 1980, alguns órgãos da Igreja Luterana formalmente denunciaram e dissociaram-se dos escritos de Lutero sobre os judeus. Em novembro de 1998, no 60º aniversário de Kristallnacht, a Igreja Luterana da Baviera emitiu a seguinte afirmação:

"É imperativo para a Igreja Luterana, que sabe que é endividada ao trabalho e a tradição de Martinho Lutero, de levar a sério também as suas declarações anti-judaicas, reconhece a sua função teológica, e reflete nas suas conseqüências. Temos que nos distanciar de cada [expressão de] antissemitismo na teologia Luterana".

Três anos antes de Hitler subir ao poder, segundo documentos da Fundação Judaica Pave the Way Foundation (PTWF), a Igreja Católica já havia condenado o Partido Nazista e lhes proibido de participar de suas celebrações.

Segundo as normas publicadas pelo Ordinário de Mainz, estava "proibido a qualquer católico inscrever-se nas fileiras do Partido Nacional-Socialista de Hitler".

"Aos membros do partido hitleriano não era permitido participar em grupo de funerais ou de outras celebrações católicas semelhantes."

"Enquanto um católico estivesse inscrito no partido hitleriano, não podia ser admitido aos sacramentos."

A denúncia da arquidiocese de Mainz  foi publicada em primeira página pelo L`Osservatore Romano, em um artigo publicado no dia 11 de outubro de 1930. O título do artigo é: "O partido de Hitler condenado pela autoridade eclesiástica".

Nele se declarava a incompatibilidade da fé católica com o nacional-socialismo. Nenhuma pessoa que se declarasse católica podia se tornar membro do partido nazista, sob pena da exclusão dos sacramentos.

Em fevereiro de 1931, foi a diocese de Munique que confirmou a incompatibilidade da fé católica com o Partido Nazista.

Em março de 1931, as dioceses de Colônia, Parderborn e as das províncias da Renânia também denunciaram a ideologia nazista, proibindo publicamente qualquer contato com os nazistas. – Para conhecer detalhes dessa documentação acesse: http://fimdafarsa.blogspot.com.br/2015/09/fundacao-judaica-encontra-documentos.html

Diante dessa veemente repulsa católica ao Nazismo, coube a Hitler "santificar" o nazismo nas igrejas protestantes que tanto o apoiavam.

Abaixo vemos um registro histórico importantíssimo, descoberto no Diário de Goebbels, Ministro das Comunicações do III Reich. (Clique na foto para ampliar)



Hitler saindo de uma Igreja luterana Christus-und Garnisonkirche 
der evangelisch-lutherische Kirchengemeinde in Wilhelmshaven.


Todas as cerimônias religiosas realizadas ou frequentadas por Hitler 
foram em igrejas protestantes luteranas ou calvinistas.

Não demorou, e as esculturas de Hitler e Lutero já podiam ser vistas no altar. A Igreja protestante nazista, pode ser vista em detalhes, nesta matéria do Jornal do Brasil: http://fimdafarsa.blogspot.com.br/2015/09/igreja-protestante-nazista-vive-dilema_25.html

Prova incontestável da votação protestante em Hitler:
Os candidatos a presidente alemão eram: o protestante Paul von Hindenburg, que concorria a reeleição, Adolf Hitler, e Ernst Thärmann.



O voto católico mais concentrado em Hindenburg, proporcionou-lhe a reeleição, dando-lhe a vitória nos dois turnos. Em contrapartida, o voto protestante mais concentrado em Hitler, deu-lhe por duas vezes o segundo lugar, o credenciando a vir a ser o Chanceler.

O interessante aí é que, a maioria católica preferiu votar no protestante Hindenburg que em Hitler, enquanto por outro lado, a maioria protestante preferiu votar no gnóstico Hitler que em seu companheiro de fé, ou mesmo em Thälmann, pra evitar que Hitler chegasse a chanceler.
      
Após a morte de Hindenburg, em 1934, Hitler desejou fundir a Presidência à chancelaria. Isto faria com que ele também comandasse o exército. Um plebiscito foi realizado para isso em 19 de agosto, e Hitler obteve maioria graças aos protestantes da Prússia Oriental, que lhe deram 96% dos votos. - (Arnold J. Zurcher (1935). "O Referendo de Hitler". American Political Science Review . 29 (1): 91-99. Doi : 10.2307 / 1947171)

Com a aprovação dada pelo referendo a unificação da Presidência à chancelaria, Hitler  foi transformado num soberano ditador, cuja história dantesca já conhecemos.


Autor: Fernando Nascimento - Fimdafarsa
Bibliografia constante no texto. 

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