A bíblia mal traduzida de Lucas Banzoli é incapaz de mudar o plano de Deus |
A MENTIRA:
”A filosofia secular trouxe
para o cristianismo uma nova ideia que jamais foi mencionada por qualquer
escritor bíblico e “incluíram” nas Escrituras o que jamais nela foi dito: A
Lenda da Imortalidade da Alma." (Lucas Banzoli)
ONDE SE ENCONTRA:
Nos
blogs e livro do equivocado Lucas Banzoli
DESMASCARANDO O EMBUSTE:
Segundo
as Escrituras, a alma é imortal e só Deus e seu Filho podem findá-la se assim o
quiserem.
"Não temais aqueles que matam o
corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a
alma e o corpo na geena." (Mt
10,28)
Por
amor ao verdadeiro ensino de Jesus Cristo, vamos demonstrar usando tradução a
partir dos originais, o quanto o Lucas Banzoli se equivocou ao insinuar que a alma é mortal. De antemão informo, que, pra cometer tal erro de cabo a rabo na sua afirmação, ele baseou-se na tradução da bíblia protestante de João Ferreira, que traduz erraticamente vida ou pessoa por "alma".
De
suas 321 páginas de engodos recheados de versículos pescados e mal
traduzidos, que segundo ele retratam a "mortalidade" da alma, só
preciso refutar suas "conclusões finais".
(Seu
texto está em vermelho - minha refutação em azul)
Obter vida não é algo fútil
que todos possuem na forma de uma alma eterna/imortal, mas sim algo que remete
a determinação, perseverança (cf. Lc.21:19). – Puro engano! Todos possuem vida e alma. A
alma é naturalmente imortal, mas não eterna se assim Deus o quiser (no caso dos
pecadores mortais). O versículo citado, apenas fala que Deus possui a alma dos
pacientes ou perseverantes. "Na vossa paciência possuí as vossa
almas."
Não é algo tão fácil como a explicação de Satanás de que “certamente
não morrerás” (cf. Gn.3:4). - Este versículo não se refere a alma, mas a carne. “Então,
a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis.”
Do início ao fim da Bíblia, a alma morre (cf. Ez.18:4,20). - Puro engano! A alma é
naturalmente imortal, Deus é que ceifará as almas más. O versículo (21) omitido
diz: “Mas se o ímpio se converter de todos os pecados que cometeu... certamente
viverá; não morrerá.”
perece (cf. Mt.10:28). - Puro engano! Esse versículo diz o contrário: “Não temais aqueles que matam o
corpo, mas não podem matar a alma; (porque a alma é naturalmente imortal). E
prossegue dizendo o mesmo texto que só Jesus pode interromper isso aos pecadores
mortais: “temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo na Geena;”
é destruída (cf. Ez.22:27). - Puro engano! A tradução “destruírem as almas” das bíblias
protestantes está errada. Os originais falam da vida ou do sangue.
não é poupada da morte (cf. Sl.78:50). - Puro engano! Este versículo nos originais
não trata da alma, mas da vida de pessoas que estão sob a ira de Deus.
é eliminada (cf. Êx.31;14). - Puro engano! Esse versículo não fala em alma. Mas na morte carnal
do infrator de um então pacto judeu sobre a guarda do sábado.
é totalmente destruída (cf. Js.10:28). - Puro engano! Este versículo não fala de
alma, mas da vida de pessoas que foram mortas à espada.
é devorada (cf. Ez.22:25). - Puro engano! Nos originais esse versículo não se refere a
alma, mas a vida das pessoas, numa figura de linguagem onde é usado um leão.
é assassinada (cf. Nm.35:11). - Puro engano! Este versículo não fala de alma, mas de homicidas que matam pessoas
involuntariamente.
é exterminada (cf. At.3:23). - Puro engano! Os originais falam da vida daquele que está
no meio do povo. A tradução protestante está errada.
desce a cova na morte (cf. Jó 33:22). - Puro engano! Neste versículo a alma chega a
cova, mas não morre. A vida é que está a mercê dos portadores da morte.: “A sua
alma se vai chegando à cova, e a sua vida, aos portadores da morte.” (23) “Se
com ele houver um anjo intercessor, um dos milhares, para declarar ao homem o
que lhe convém,” (24) “então, Deus terá misericórdia dele e dirá ao anjo:
Redime-o, para que não desça à cova; achei resgate.”
mas revive na ressurreição (cf. Ap.20:4). – Correção: essas almas de
mártires nunca morreram, mas seus corpos. Bem antes, em Ap 6,10 as vemos bem
vivinhas, clamando em altas vozes, dizendo: “Até quando, ó Soberano Senhor,
santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre
a terra?”
É por desconhecer a história do Cristianismo e ainda
valer-se de más traduções protestantes que o Lucas Banzoli comete seus
gravíssimos erros crente que está abafando. Suas necedades jamais deveriam ser
publicadas.
A própria bíblia protestante diz em Daniel 12,2: “E muitos dos que dormem no pó da terra
ressuscitarão, uns para a vida eterna,
e outros para vergonha e desprezo eterno.”
Se há "vida eterna" (leia-se alma), é porque ela é infinita.
Se há "desprezo eterno" é porque é necessária uma alma eterna para
sofrer "desprezo eterno".
Por isso se lê em Mateus: “irão
estes para o tormento eterno, mas os
justos para a vida eterna”
(Mateus 25,46).
Em favor de sua própria crendice na mortalidade da alma, o Banzoli
também tentou deturpar as palavras de São Justino. Mas as reais palavras desse
santo destroem sua manobra:
São Justino escreveu no seu Diálogo com Trifão: “ As almas dos homens piedosos fuçarão num lugar bom , as dos ímpios
e malvado noutro muito mal, esperando o tempo de juízo. E assim as primeiras,
se forem julgadas dignas diante de Deus, nunca
mais hão de morrer, as outras, serão punidas por tanto tempo quanto Deus quiser
que existam e seja castigadas." (Antologia dos Santos Padres,
Folch Gomes, Cirilo,São Paulo, Paulinas, 1979 p. 74)
Com efeito, para São Justino, a morte das almas, como quer o
Banzoli, seria uma grande injustiça para os bons e uma vantagem para os maus
que não sofreriam por seus atos.
O Banzoli ainda tentou se socorrer citando Arnóbio de Sicca, do século IV, mas logo foi refutado pelo Rafael Rodrigues do site "Apologistas Católico". Explica Rafael:
O Banzoli ainda tentou se socorrer citando Arnóbio de Sicca, do século IV, mas logo foi refutado pelo Rafael Rodrigues do site "Apologistas Católico". Explica Rafael:
[O único escritor primitivo que temos conhecimento que adotou como
doutrina do destino da alma, o aniquilacionismo, foi Arnóbio de Sicca no final
do século IV, este autor é comumente citado por aniquilacionistas para tentarem
rastrear sua heresia dentro da Igreja primitiva. Anóbio de Sica não é Pai da
Igreja, que por sua vez parece que se inspirou na doutrina de uma seita Árabe
condenada por Orígenes e pelo concílio de Bostra 245 d.C, e na Pré-Existência
da alma desenvolvida pelo próprio Orígenes, que negava o inferno eterno e foi
condenada pelo II concílio de Constantinopla:
“Se alguém diz ou pensa que a
punição dos demônios e de homens ímpios é apenas temporária, e um dia terá fim,
e que uma restauração (ἀποκατάστασις)
abrangerá demônios e homens ímpios, que ele seja anátema.
Anátema a Orígenes e a
Adamantius, que estabeleceram estas opiniões em conjunto com a sua doutrina
nefasta, execrável e má e a quem pense assim, ou defenda essas opiniões, ou de
qualquer forma daqui por diante em qualquer tempo a quem tiver a presunção de
protegê-los.” (II concílio
de Constantinopla - Cânon IX)
Passando-se mais de um milênio de condenação, no século XIX, foi
ressuscitada pelo protestantismo na figura de Edward White, e foi mais
desenvolvida por Adventistas e Testemunhas de Jeová, que por sua vez
influenciaram muitos no meio protestante, mesmo estes não fazendo parte destas
seitas, e esta doutrina sendo também condenada pelo protestantismo
“tradicional” e pelos principais “reformadores”.] [1]
E assim refutamos o Banzoli, usando apenas um pequeno alfinete para
explodir seu gigantesco balão de enganos.
Não é necessário ir além na refutação completa do seu calhamaço de
embustes, porque ele partiu de um pressuposto errado, graças a péssima tradução
da bíblia protestante que usa, aliando a isso, a costumeira desonestidade em
adulterar textos do pais da Igreja.
Por Fernando Nascimento
Fimdafarsa
[1]. RODRIGUES, Rafael. Pais da Igreja e a Imortalidade da alma. Disponível em: Desde: 11/05/15.
Traduções a partir dos originais usadas nesta refutação: Septuaginta + NT; Vulgata; Bíblia de Jerusalém.