Por Fernando Nascimento
Que os católicos jamais adulteraram os
escritos de São Cipriano ficará provado aqui, agora.
A gratuita acusação de que os católicos
“adulteraram” tais escritos vem do jovem protestante que se acha “teólogo”,
Lucas Banzoli, que deveria chamar-se ‘Lucas Cata’ devido o grande festival de
cascatas, lorotas, potocas que difunde na internet a serviço do protestantismo.
Abaixo, transcrevo em vermelho, do seu
blog, algumas de suas “doces” acusações e as refuto logo em seguida para que o
Lucas vá dormir mais sabido. Começava ele acusando:
Que
os “apologistas” católicos que existem por aí na internet são em maioria
desonestos, e que agem covardemente por trás de seus fakes e de forma
trapaceira, isso todo mundo já sabe. Já se foi a época de grandes sites
católicos com respeito e prestígio no Brasil. Atualmente o que mais se vê são
blogs administrados por indivíduos psicologicamente desequilibrados, desonestos
e que consideram os protestantes como uma sub-raça, que tem que ser eliminada a
todo e qualquer custo.
Logo veremos quem é desonesto e age
covardemente de forma trapaceira. Os sites e Blogs católicos estão cada vez
mais bombando pela procura do povo em querer conhecer as lorotas protestantes
desmascaradas, principalmente as do Lucas Cata, que se apresentava nas
comunidades de Orkut como um fake que tinha como avatar o escudo do time paulista do São Paulo.
Nenhum indivíduo psicologicamente desequilibrado apagará dos registros da história
que quem a qualquer custo considerava os católicos inferiores e os perseguia e eliminava
para apoderar-se de suas posses eram os protestantes. Confira: http://fimdafarsa.blogspot.com.br/2012/05/sabe-por-que-alguns-paises-ricos-sao.html
Célebre é a frase do pastor protestante
nazista Friedrich Wieneke : “A paz só virá quando o último judeu se enforcar no
último intestino do último vigário". Fonte: Report
from Wieneke, “attacks on Pastors”, dated 9,1941 – (BA Koblens R 43 11/478ª,
fiche 1, document 19).
Eles chegaram ao ponto de proibir que
católicos trabalhassem na construção do navio Titanic. O navio teve sua
construção em Belfast, Irlanda do Norte, região de maioria protestante e
extremamente anticatólica. Pouco antes da construção do Titanic, William James
Pirrie, político de destaque na Irlanda do Norte e presidente da Harland and
Wolff, empresa especializada em construção de navios, ordenou a proibição da
contratação de trabalhadores católicos por pertencerem a uma “igreja papista e
venenosa”. A medida foi aceita com grande entusiasmo e caso fosse descoberto
algum católico trabalhando ilegalmente, este poderia ser espancado e perderia o
emprego imediatamente. http://diretodasacristia.com/home/noticias/nem-deus-afunda-esse-navio/
Confirma-se assim que o Lucas faz vasto uso da
máxima lenista que diz: “Xingue-os do que você é. Acuse-os do que você faz”
(Lenin).
Prosseguia o jovem arauto de Lutero:
Além
do ódio, um dos fatores que mais me chama atenção nesta nova onda de
“apologistas” é a total desinformação e desonestidade. Como eles não sabem
nada, divulgam tudo quanto é asneira encontrada na internet, sem terem o
cuidado de averiguar se a informação é verdadeira ou não, o que lhes poderia
poupar de passarem tanta vergonha.
Logo ficará provado por ‘a’ mais ’b’, quem é o desinformado
e desonesto que vive publicando asneiras encontradas na internet, sem ter o
cuidado de averiguar se a informação é verdadeira ou não, poupando-lhe de
passar a grande vergonha que se aproxima. E segue o Lucas Cata:
Um
destes blogs, chamado “Cai a Farsa”, é administrado por um rapaz chamado
Fernando Nascimento. Este não se trata de outra coisa senão de um covarde, que
numa comunidade católica de debates não foi suficientemente capaz de debater
comigo, e depois de ser humilhado teve que apelar para a exclusão e eliminação
dos meus posts, e depois desta atitude covarde ainda disse que fui eu que
“fugi” dele, para ver o tamanho da desonestidade do cidadão, que não tem a
mínima capacidade de debater nem mesmo na comunidade criada por ele, onde ele
manda e desmanda!
Dizia Jesus Cristo: o Diabo é o pai da mentira, Ao
contrário do que calunia o Lucas, eu Fernando Nascimento de Recife-PE, nunca
administrei o Blog “Cai a farsa” que tem tirado o sono de muito protestante
mentiroso e tem batido records de acessos em relação ao dia anterior. Também nunca
postei uma única letra no “Cai a farsa”. O Antonio Carlos, do Paraná, é que é o
dono e administrador do Blog. Ele posta alguns de meus artigos porque simplesmente
solicitou autorização. Por aí se vê como o Lucas é precipitado e mentiroso.
Eu nunca debati com o aleivoso Lucas, ele bem sabe
que eu não debato com protestantes, refuto-os. Só lembro de ter refutado deste,
um artigo com umas necedades que ele escreveu sobre a “mortalidade da alma”. De
lá prá cá ele nunca mais foi o mesmo e anda delirando cheio de mimimi
escondendo que fugiu mesmo do debate com os membros da comunidade MSR, depois
de vandalizar diversos tópicos para assim tentar conseguir a expulsão de minha
parte como moderador, mas não conseguiu, ele debandou daquela comunidade de
Orkut depois de ser vencido nos debates pelo membro Cris Macabeus.
No link abaixo, está a refutação que fiz ao risível
artigo dele sobre a “mortalidade da alma”. Ali ele que caiu do cavalo por
demonstrar que nada sabe sobre as Escrituras e a imortalidade natural da alma:
Continuava
ele nos atacando:
Em
seu blog herético, ele propaga algumas frases supostamente ditas por Cipriano,
que defenderiam a tese da primazia do bispo romano.
Digo
“supostamente” porque na verdade não passam de adulterações esdrúxulas e das
mais vergonhosas, do tipo que qualquer um que tenha um mínimo de decência,
vergonha na cara e que preze pela credibilidade pode facilmente acessar a
informação para confirmar tais declarações mentirosas. Mas, como tais sujeitos não
dão a mínima para sua própria credibilidade (porque não a possuem), divulgam
uma frase que teria sido dita por Cipriano:
O microscópico “teólogo” protestante Lucas, alega
gratuitamente que adulteramos as palavras de Cipriano. Provaremos que o que faz
o Lucas assim pensar é a própria ignorância que o habita.
Ele sem qualquer conhecimento de causa cita a frase
de Cipriano que transcrevemos do Hartel:
“Atrevem-se estes a
dirigir-se à cátedra de Pedro, a esta igreja principal de onde se origina o
sacerdócio… esquecidos de que os romanos não podem errar na fé”. (Epist. 59,n.14,
Hartel, 683)
Para em seguida bradar:
Essa
adulteração é tão vergonhosa que qualquer um que tenha um mínimo de decência
poderia ir conferir na “Epístola 59” de Cipriano e verá que não
existe absolutamente nada que sequer seja parecido com isso nessa epístola 59
de Cipriano: http://www.newadvent.org/fathers/050659.htm
Para
a triste infelicidade do Lucas, nossos protocolos e citações estão
corretíssimos conforme o Hartel que citamos e também William A. Jurgens, editor
e tradutor, de “A Fé dos Padres”, primeiro de três volumes, Collegeville, MN:.
Liturgical Press, 1970, p 232. Ambas as fontes são anteriores ao uso popular da
Internet. Digo isso porque o Lucas não passa de um simples usuário deste meio,
sem qualquer aprofundamento sobre o que propala.
O
ignóbil e raivoso Lucas foi incapaz de imaginar que o
texto citado por mim, segue a numeração de Cipriano, e não a numeração da
tradução do protestante Philip Schaff que ele usa, e esse é o caso.
Somos obrigados a seguir a
numeração de Philip Schaff? Não! A nossa citação da Carta 59 ESTÁ CORRETA em
outras traduções, só que na do Philip Schaff ainda que com uma inglesa tradução
tosca, está na Carta 54, confira:
"Com um bispo falso apontado para si, hereges, eles se
atrevem sequer a navegar e realizar cartas de cismáticos e blasfemos para a
cátedra de Pedro e à Igreja principal, em que a unidade sacerdotal tem a sua
fonte; eles nem pensaram que estes são romanos, cuja fé foi elogiada na
pregação pelo Apóstolo, e entre os quais não é possível a perfídia de ter
entrada. "(Cipriano, Carta 54, 14 a Cornélio de Roma, c. AD 252) http://www.newadvent.org/fathers/050654.htm
Observe
que acabo de citar a mesma New Advent, que é editada pelo leigo Kevin Knight,
citada pelos Lucas e que estranhamente está com a numeração de Schaff mas confirma
o que citamos apesar do seu inglês grotesco.
A
New Advent é composta pela digitação de voluntários espalhados pelo mundo. Certamente
alguém resolveu postar ali o texto protestante que acabou confundindo o Lucas,
que deduziu que por o mesmo estar no site protestante “ccel” era o texto
“verdadeiro”.
E para que Lucas estrebuche ainda mais depois de uma infantilidade
dessa, estas são as elogiosas palavras do apóstolo Paulo a que se referiu Cipriano
no trecho acima:
“A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados Santos: Graças
a paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. Primeiramente, dou graças a
Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é anunciada
a vossa fé”. (Rm 1, 7-8). (conforme bíblias protestantes do João Ferreira)
Não há qualquer dúvida que a fé anunciada em todo o mundo é a
dos romanos. Não há qualquer dúvida que a cátedra do apóstolo Pedro está em
Roma, a Igreja principal. Se
o Lucas tivesse o mínimo de sobriedade intelectual, teria percebido que citamos
como fonte o Hartel, e não a moderna New Advent.
Com
essa o precipitado Lucas Cata não contava. Suas gratuitas acusações emanam de
seu erro crasso em não conhecer nada de Patrística e montar-se em um texto que
achou na internet. Continuar dando ouvidos a suas sandices é perda de tempo,
por isso desde agora só refutarei do seu artigo o que for menos idiota.
Além do mais, o jesuíta Maurice Bévenot (1897-1980) dedicou sua vida a acabar
com as divergências convenientemente muito usadas pelos protestantes para negar
o primado de Roma, restaurando as reais palavras do bispo de Cartago,
eliminando as intervenções externas. Afirma Massey H. Shepherd Jr. da Universidade
de Chicago:
“Um
grande mérito do trabalho do padre Bévenot é que ele está livre da
inconclusividade do argumento baseado no estilo de Cipriano e também da questão
controversa do que Cipriano poderia ou não poderia ter dito sobre o primado
romano. (...) Ele irá fornecer um importante corpo de prolegômenos cuidadoso e
meticuloso para uma edição nova muito necessária de Cipriano.”
Pobre
Lucas que se esforçava inutilmente com a desenvoltura de uma raposa para dizer
que Cipriano nunca citou as palavras “Roma” e “trono”, ignorando o que citamos e
outras Epístolas como a 51,8, onde Cipriano escreveu que: Cornélio foi feito bispo de Roma pela escolha de Deus e de Cristo,
pelo testemunho favorável da quase totalidade do clero, pelos votos dos leigos
presentes, e pela assembléia dos bispos. Foi eleito para o lugar de Pedro e
para o grau do trono sacerdotal.
Vejamos ainda o que o Lucas omitiu por desconhecer a Patrística:
Cipriano,
em momentos de reflexão e calma, chama a Igreja de Roma, "o trono de
Pedro, o chefe da Igreja ... onde a sacerdotal unidade tem a sua fonte". (Carta 59, 14, Hartel, p. 683); "a raiz e mãe da
Igreja Católica". (Carta 48, 3,
Hartel, p. 607); ele próprio se comunica com o Bispo de Roma, com uma constância
que merece os elogios dos romanos. (Carta 36, 4,
Hartel, p. 575); o que se
refere a direção do som e do governo da Igreja universal, que julga o caso de Basilides
e Marcial para ser definitivamente fechado por conta do veredicto do Papa São
Cornélio, tendo sido unidos a opinião dos Bispos. (Carta 67, 6, Hartel, p. 741);
ele apela para o Papa Santo Estêvão de usar sua autoridade para depor Marciano,
bispo de Arles. (Carta 68, 3, Hartel, p. 745); e declara categoricamente
em duas ocasiões que está com o Papa e está com a Igreja Católica. (Carta 55, 1, p. 624), (Carta 48, 3, Hartel, p. 607)
Só isso já seria o suficiente para desmascarar as
cascatas do Lucas Cata.
Como o Lucas adora encangar lorotas para confundir
ainda mais os que tenta enganar, juntou a estas que refuto, outras em que
descaradamente defende que a Igreja Católica citada por Santo Inácio de
Antioquia não é a mesma Igreja Católica de Roma.
Esse é o link do embuste citado por ele, repleto de
omissões, citações adulteradas ou fora de contexto, inclusive atribuindo algumas
ao Papa Gregório Magno: http://heresiascatolicas.blogspot.com.br/2012/08/o-significado-de-igreja-catolica-nos.html
Com um
sopro, vamos derrubar o castelo de cartas do Lucas:
Sofismava ele dizendo:
Além disso, o próprio Inácio de Antioquia
escreve dizendo que a Igreja não foi fundada em Roma, mas em Antioquia:
“Devemos, portanto, provar a nós mesmos que
merecemos o nome que recebemos (=cristãos). Quem é chamado por outro nome além
deste não é de Deus, pois não recebeu a profecia que nos fala a respeito disso:
‘O povo será chamado por um novo nome, pelo qual o Senhor os chamará, e serão
um povo santo’. Isto se cumpriu primeiramente na Síria, pois ‘os discípulos
eram chamados de cristãos na Antioquia’, quando Paulo e Pedro estabeleciam as
fundações da Igreja. Abandonai, pois, a maldade, o passado, as influências
viciadas e sereis transformados no novo instrumento da graça. Permanecei em
Cristo e o estranho não obterá o domínio sobre vós” (Inácio aos Magnésios,
Versão Longa, Cap.10)
Pura
desonestidade. Santo Inácio em nenhum momento neste trecho está dizendo que “a
Igreja não foi fundada em Roma, mas em Antioquia”, mas dizendo que em Antioquia
os discípulos de Jesus foram primeiro chamados de “cristãos”, quando Paulo e
Pedro estabeleciam as fundações da Igreja. Veja só até onde vai a satânica
desonestidade deste rapaz. Não sabe o Lucas que mesmo sendo fundada em Jerusalém
a primeira Igreja católica, desde os tempos apostólicos, Roma é a sede e matriz
desta mesma Igreja, para mostrar o glorioso triunfo de Deus em pleno coração do
Império Romano, perseguidor dos cristãos no passado, pois Jesus disse que as
portas do inferno não prevaleceriam contra sua Igreja e as portas do Império
caíram.
Outras
ignorâncias e omissões do Lucas:
1- Lucas desconhece completamente que no tempo de
Santo Inácio, Antioquia era uma província romana submetida a Roma tanto
administrativamente pelo império romano perseguidor da Igreja, como
eclesiasticamente pela Igreja de Roma.
2- Ele desconhece completamente que foi justamente
aos da Igreja em Roma que Santo Inácio de Antioquia escreveu sua mais louvável
e eloqüente carta. Inácio também afirma o primado da Sé de Roma: "Roma
preside a Igreja na caridade." (Carta aos Romanos Prólogo). - Significado
de Presidir: ocupar a presidência de; Dirigir como presidente; Exercer as
funções de presidente; Dirigir; superintender; orientar.
Esta carta também se difere das demais, por Santo Inácio
não querer ensinar nada a esta Igreja; ao contrário, reconhece que ela é quem
ensina (Inácio ao Romanos 3,2).
3- Como o Lucas nunca conhece o contexto do que cita,
não notou ou omitiu que, enquanto Santo Inácio exalta a Igreja de Roma confessa
que sua Igreja é mais humilde e pede oração as demais. Isso está no final da
mesma carta do trecho citado pelo desatento Lucas:
“Sei que estais repletos de tudo o que é bom e, por
isso, exortei-vos brevemente no amor de Jesus Cristo. Lembrai-vos de mim em vossas orações, para que eu possa alcançar a
Deus. E [lembrai-vos também] da Igreja que está na Síria, da qual não sou digno
de ser chamado seu bispo. Necessito da vossa oração unida em Deus e do vosso
amor para que a Igreja da Síria possa ser digna, conforme sua boa ordem, de ser
edificada em Cristo.” (Inácio aos Magnésios, Versão Longa, Cap.14)
4- A falácia do Lucas sobre as supostas frases do
Papa São Gregório Magno “rejeitando” o título de “sacerdote universal” são
caducas distorções dos inimigos da Igreja, já devidamente refutadas, confira:
Cabe lembrar que o Lucas sobre o Papa São Gregório
Magno, como de praxe, também usou de extrema desonestidade intercalando frases
de tempos e contextos diferentes para criar um sofisma diabólico de “recusa” ao
cargo de Papa..
Ele pescou frases de quando São Gregório Magno era só
um monge acanhado que se recusava a ser Papa quando inesperadamente foi eleito
pelo povo e todos que o admiravam, chegando a fugir por timidez de assumir o
cargo.
Ele pescou frases de quando o Papa São Gregório Magno,
já Papa, condenava as atitudes do bispo João de Constantinopla que se auto
denominou “sacerdote universal” sem a eleição de Roma e vendia malandramente
isso como sendo dito do Papa Gregório em recusa ao cargo de Papa. Por aí vão as
falcatruas deste jovem vassalo de Lutero.
Os
protestantes desonestos estão sempre colocando palavras mentirosas na boca dos
santos católicos de grande credibilidade para jogá-los contra a Igreja, visto
que no meio deles não existe ninguém que junte uma mísera credibilidade para
tentar isso.
Voltemos às lorotas do Lucas sobre suas acusações de
“adulterações” dos textos de Cipriano:
No passo seguinte, dando um show de ignorância e
desonestidade, o Lucas se supera nas divagações
tentando a todo custo negar o primado romano e fazendo distorcido uso das
palavras de Cipriano.
Ele começa sem qualquer noção da ordem cronológica
dos fatos, invertendo tal ordem para acomodar suas sandices.
Ao contrário da ordem dos fatos que ele cita,
primeiro Cipriano em meio a violenta tormenta provocada pelos hereges, havia
convocado o Sétimo Concílio de Cartago, um concílio regional para decidir sobre
o rebatismo os hereges que estavam retornando à Igreja. Ele assim o fez na
África, porque recebeu com atraso uma carta do Papa Estevão que orientava não
rebatizar os hereges, mas apenas recebê-los impondo-lhes as mãos, como sempre
foi feito e assim o é até hoje. Pois se até mesmo o Lucas voltar para Igreja
Católica, não precisará se batizar de novo se já foi batizado.
Na abertura daquele Concílio regional, Cipriano apenas
referindo-se a igualdade dos bispos presentes, e não ao Papa, pois o Papa não
estava presente, afirma:
“Pois nenhum de nós coloca-se como um bispo de bispos,
nem por terror tirânico alguém força seu colega à obediência obrigatória; visto
que cada bispo, de acordo com a permissão de sua liberdade e poder, tem seu próprio
direito de julgamento, e não pode ser julgado por outro mais do que ele mesmo
pode julgar um outro. Mas esperemos todos o julgamento de nosso Senhor
Jesus Cristo, que é o único que tem o poder de nos designar no governo de Sua
Igreja, e de nos julgar em nossa conduta nela.” (Sétimo Concílio de
Cartago, presidido por Cipriano)
Naquele concílio os bispos africanos presentes
aprovaram o rebatismo dos hereges. Chegando a sentença papal que condenou a
decisão e ameaçava excomungar os que a apoiavam, Cipriano se desequilibra na
escrita e cai em flagrante contradição. E é só aí que ele indaga em sua
epístola contrariado: “Dá gloria a Deus quem, sendo amigo de hereges e
inimigo dos cristãos, acha que os sacerdotes de Deus que suportam a
verdade de Cristo e a unidade da Igreja, devem ser excomungados?” (Epístola
74)
Neste incidente estranho às suas posições constantes
e oficiais, os críticos protestantes e racionalistas notaram o deslize de
Cipriano:
“Quando Cipriano... tenta ainda conservar a unidade
da Igreja, falta-lhe o solo sob os pés e as suas afirmações vacilam no ar.
Consoante a sua noção da Igreja, a unidade deveria logicamente achar-se onde se
acha o bispo de Roma”. (O Ritschl, Cuprian Von Karthago, Göttinger, 1885, p. 40
apud Leonel Franca. Protestantismo no Brasil. 3ª ed. Rio de Janeiro: Agir,
1952, p.46).
Harnack é do mesmo parecer:
“Indubitavelmente no conflito com Estevão pôs-se
Cipriano em contradição com as suas opiniões anteriores sobre a importância da
cátedra romana na Igreja” (op.cit.).
É fato indiscutível que Cipriano reconhecia a suprema
autoridade da Igreja. Suas palavras são enfáticas.
Por exemplo, ao comunicar ao Papa que Felicíssimo e
outros cismáticos partiram em direção a Roma, diz: “Atrevem-se estes a
dirigir-se à cátedra de Pedro, a esta igreja principal de onde se origina o
sacerdócio... esquecidos de que os romanos não podem errar na fé” (apud Leonel
Franca. A Igreja, a Reforma e a Civilização. 2ª ed. Rio de Janeiro: Livraria
Católica, 1928, p.109).
Em outra ocasião, assevera o bispo de Cartago que
Roma é “a matriz e o trono da Igreja católica” (op. cit.). E que: “estar em
comunhão com o Papa é estar em comunhão com a Igreja Católica” (op.cit.)
Não há dúvidas de que Cipriano reconhecia o governo
universal do Papa. Suas expressões não permitem outra conclusão. E é com base
nos escritos desse santo que o insuspeito Harnack conclui: “S. Cipriano
reconheceu particular importância à Igreja de Roma, porque esta Sé era a Sé do
Apóstolo, a quem Cristo especialmente conferia a autoridade Apostólica. Esta
Igreja era para ele o centro da autoridade, da unidade, e a Mãe de todas as
igrejas esparsas pelo mundo” (Dogmengeschichte, I, 384 apud Bertrand Conway.
Caixa de Perguntas. Lisboa: União Gráfica, p. 328).
Porque
há escritos de Cipriano que diferem?
Maurice Bévenot afirmou, que foi o próprio Cipriano quem
escreveu o Textus Receptus para substituir o texto anterior durante a
controvérsia do rebatismo dos hereges... teria feito isso não porque tinha
mudado de idéia sobre o papado, mas porque Roma estava lendo mais nele do que pretendia
e poderia apontar sua contradição.
O que ele fez por simples birra momentânea, foi reescrever de
outro modo o que já tinha escrito. Convenientemente, é do conteúdo do posterior
texto Receptus que os protestantes mais gostam para promover essas acusações
sem fundamentos como as que aqui refuto.
Bévenot apontou que, no que diz respeito à controvérsia do
rebatismo, Cipriano nunca apelou para a sua independência em relação ao Papa
Estêvão. O desacordo de Cipriano com Estêvão era porque pensava estar Estêvão
errado ... não porque ele estaria reivindicando uma autoridade sobre os outros
bispos que não pertencem a ele (disto Cipriano não se queixa), mas porque ele
está reconhecendo o batismo dos hereges.
Bévenot viu o problema como teológico e não canônico. (Mais adiante
trataremos deste episódio do rebatismo dos hereges).
O parecer do Papa Estêvão acabou opor triunfar quando
o grande bispo africano Santo Agostinho expôs claramente que a validade dos
sacramentos não depende da santidade ou da dignidade do ministro. Uma frase de
Estêvão adquiriu celebridade e mantém-se como regra de ouro: Nihil innovetur,
nisi quod traditum est (“Nenhuma novidade, só a tradição”).
O
Papa Estêvão foi o 23º Papa da Igreja e pontificou de 254 a 257. Provando que o
Papa sempre foi o “chefe” de Cipriano, dizia o próprio Cipriano sobre dois
Papas que pontificaram muito antes de Estevão, precisamente quando Cipriano foi informado da morte do Papa Fabiano:
“De fato, quanto é danosa para os súditos a queda de quem
está como chefe, da mesma forma, ao
contrário, é útil e salutar um bispo que se oferece aos irmãos como exemplo de
firmeza na fé…” (Carta 9, 1).
Também ele assim escreveu ao Papa Cornélio:
(...) “Em todos vós a Igreja de Roma deu o seu magnífico
testemunho, unida totalmente num só espírito e numa só fé.
Brilhou assim, irmão caríssimo, a fé que o Apóstolo
constatava e elogiava em vossa comunidade. Já então ele previa e celebrava
quase profeticamente a vossa coragem e a vossa indomável fortaleza. Já então
reconhecia os méritos de que vos tornaríeis gloriosos. Exaltava as empresas dos
pais, prevendo as dos filhos. Com a vossa plena concórdia, com a vossa
fortaleza, destes luminoso exemplo de união e constância a todos os cidadãos .
(...)” (Carta 60, 1-2).
Cipriano escreveu que: Cornélio foi feito bispo de Roma pela
escolha de Deus e de Cristo, pelo testemunho favorável da quase totalidade do
clero, pelos votos dos leigos presentes, e pela assembléia dos bispos. Foi
eleito para o lugar de Pedro e para o grau do trono sacerdotal. (Epístola 51,8)
Queira ou não o Lucas Cata, prevalece ainda hoje a decisão do
Papa Santo Estevão de não rebatizar os hereges, decisão esta mantida por todos
os Papas antes e depois de Cipriano.
Cipriano nunca questionou o primado de Pedro ou a liderança
de Roma, apenas por uma falha pessoal pretendia rebatizar os hereges que
retornavam à Igreja. Ele os queria desnecessariamente batizá-los de novo, mesmo
com a reprovação do Papa Estevão que orientava:
“Se vêm hereges ter conosco, de qualquer seita que sejam, não
se inove, mas siga-se unicamente a tradição, impondo-lhes as mãos para os
receber para a penitência, tanto mais que os próprios hereges, duma seita ou
outra, não batizam, segundo o rito particular de cada um, os que vêm ter com
eles, mas simplesmente os admitem à comunhão”. (o Papa supunha naturalmente o
Batismo conferido segundo a fórmula do Evangelho).
O impasse não tardou a se normalizar, pois ambos morreram
mártires sob o imperador Valeriano, Estêvão em 257 e Cipriano em 258. O sucessor
de Estêvão, o Papa Sixto II, aparece em comunhão com os bispos do Norte da
África, o que significa que atenderam às disposições da Santa Sé.
Pelo martírio, Cipriano certamente foi perdoado de seu erro e
foi para a glória junto a Cristo. Pois todos os mártires da fé são santificados
naturalmente.
Ele de fato foi um santo padre na África e prestou elevado
serviço espiritual a comunidade, se tropeçou mesmo em ato menor do que os de
São Paulo e São Pedro, na atitude do rebatismo dos hereges, foi por excesso de
zelo à fé diante da tormenta dos cismáticos e hereges que assolavam a África.
Nos escritos de São Cipriano: De ecclesia unitate (c. 251),
ele fica do lado do papa Cornélio contra o antipapa Novaciano.
É
muita desonestidade do Lucas interpretar um texto sem levar em conta as
circunstâncias que motivaram São Cipriano a descontrolar-se momentaneamente, ou
desprezar tudo o que o santo já havia escrito sobre o papado e a Igreja de Roma. Pergunto ao Lucas: o que é um único texto
escrito em momento conturbado, perante a avalanche de escritos, inclusive de
São Cipriano, proclamadores da monarquia papal?
Pelo
que vimos, a honestidade é uma qualidade estranha aos escritos do Lucas. Ele
não tem qualquer conhecimento sobre o que escreve. O ódio à Igreja Católica
fundada por Cristo é o que o impele.
Ele
agora pode chorar, espernear e estrebuchar à vontade, porque foi desmascarado
mais uma vez. E para fechar com chave de ouro, indico como se não bastasse,
onde o Lucas pode ler São Cipriano confirmando o primado e a soberania do bispo
de Roma:
São Cipriano e o Primado de Pedro
O
Santo trata deste tema no tratado “De Ecclesiae unitate” (=Da Unidade da
Igreja), que é dirigida aos confessores romanos quando estes, junto com
Novaciano, se opunham ao papa Cornélio.
O
texto do tratado acima é muito revelador: começa citando Mateus 16,18 e, embora
afirme que a todos os Apóstolos foi conferido igual poder, logo traz um “no
entanto” apontando que para manter a unidade, estabeleceu o Senhor com sua
autoridade uma cátedra sobre Pedro, a quem foi dado o primado.
São Cipriano e a autoridade da Igreja
de Roma
Nos
escritos de São Cipriano encontra-se as evidências da autoridade do bispo de
Roma sobre a Igreja. A primeira temos quando estoura a perseguição de Décio, em
250. São Cipriano se esconde, mas envia uma carta à Igreja de Roma explicando
as razões que o motivaram a fugir:
“Creio
necessário escrever-te esta carta para dar-te conta da minha conduta, da minha
conformidade de disciplina e de meu zelo… Porém, ainda que ausente em corpo,
estou presente em espírito…” (Epist. 20).
É
evidente que ele reconhecia na Igreja de Roma uma autoridade a quem prestar
contas, como ele mesmo afirma; do contrário, uma carta dirigida a Roma
justificando a sua conduta teria sido desnecessária.
O
Papa Cornélio pediu explicações a Cipriano em razão da consagração de Fortunato,
que Cipriano tinha feito sem consultar Roma. Em resposta, Cipriano reconhece
seu dever de trazer ao Papa todas as questões mais importantes e escreve se
desculpando:
“Eu
não te escrevi imediatamente querido irmão, porque não era algo tão importante
e tão grave que você tivesse que ser notificado em seguida ... Eu esperava que
você soubesse de tudo isso e tinha certeza de que você lembrava. É por isso que
eu julguei que não era necessário comunicar-lhe com tal velocidade e urgência
as loucuras dos hereges ... E eu escrevi sobre tudo aquilo, porque todos nós
desprezamos, por o outro lado, e pouco lhe enviei os nomes dos bispos que estão
a frente dos irmãos e não foram contaminados pela heresia. Foi a opinião
unânime de todos desta região que enviasse-lhe estes nomes”. (Epístola 59,9)
Outra
evidência também se encontra na Epístola 59. Nela vemos como alguns hereges em
conflito com São Cipriano recorrem à Igreja de Roma por meio de cartas para que
o Papa em favor deles. Embora São Cipriano não veja com bons olhos esta
atitude, porque segundo o seu critério eles deveriam defender sua posição
perante o seu próprio bispo, isto demonstra que inclusive da parte dos cismáticos
havia o conhecimento de que a autoridade da Igreja de Roma era superior a das
demais e, por isso, apelavam a ela. É notável também como nessa epístola, São
Cipriano se refere à Igreja de Roma como “a cátedra de Pedro” e a Igreja
principal de onde brotou a unidade do sacerdócio: “ad ecclesiam principalem
unde unitas sacerdotalis exorta est”.
Para
desgosto do Lucas, definitivamente fica provado de fato, quem é e pratica tudo
aquilo que nos imputava.
Cai
mais uma vez a farsa do Lucas Cata.
Consultas:
Veritatis
Splendor
Eder
Silva
Rafael
Rodrigues de Carvalho